Segundo o governador, o programa não vai acabar, apenas "passará para nova entidade", uma vez que, de acordo com ele, a atual estaria em situação ilegal há 20 anos.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), em entrevista à rádio goiana 99,5 FM nesta sexta-feira (8/3) fez um apanhado geral sobre vários temas tratados nos primeiros 60 dias de seus governo. Em meio a polêmicas, Caiado falou sobre o suposto fim do programa de formação técnico-profissional para jovens, o Jovem Cidadão. Segundo o governador, o programa não vai acabar, apenas “passará para nova entidade”, uma vez que, de acordo com ele, a atual estaria em situação ilegal.
Na entrevista, dada hoje, Dia Internacional da Mulher, o governador do DEM afirmou categoricamente que o programa voltada para os jovens do estado de Goiás terá continuidade. Caiado revelou que vai lançar na próxima semana a licitação para escolha da nova empresa que deve oferecer, em suas palavras, “melhores condições aos participantes do programa”.
Caiado afirmou ainda que o contrato com a Rede Nacional de Aprendizagem Promoção Social e Integração (Renapsi), responsável pelo programa Jovem Cidadão, foi findado pois a entidade estaria em situação ilegal por não cumprir com exigências do Estado. “Ninguém vai acabar com o Jovem Cidadão. Estou fazendo o que sou obrigado a fazer pela lei, pois a entidade responsável pelo programa está em condições de ilegalidade. Não cumpriu as exigências e está assim há 20 anos”, apontou.
Conforme o governador, o Estado estava pagando quase R$ 1 mil reais por jovem, mas ele estava recebendo R$ 400.
Atendendo a um parecer da Controladoria-Geral do Estado de Goiás (CGE-GO) e da Procuradoria-Geral do Estado FC (PGE-GO), o governador Ronaldo Caiado interrompeu no fim do mês de fevereiro, no dia 27/2, o contrato de quase 5 mil jovens do programa Jovem Cidadão. A interrupção dos contratos do programa de formação técnico-profissional para jovens do estado foi feita pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds).
A decisão interrompe os contratos de formação laboral em vigor de 4.417 jovens, de 14 a 18 anos, impedindo os jovens de continuarem a formação e qualificação profissional que recebem do programa. O ato, ainda, não leva em conta que os contratos são individuais e têm prazo de validade determinado. A interrupção do termo de colaboração entre a Organização Social (OS) responsável pelo programa, Rede Nacional Pró-Aprendiz (Renapsi), e o Estado paralisa a aprendizagem antes de sua conclusão.
O convênio com a OS deve ser encerrado no dia 14 de março. Na ocasião, a Seds declarou que o programa “não será extinto, mas sim aprimorado”.
Fonte: Dia Online