Prazo para contribuir com informações sobre as espécies de peixes incluídas na consulta pública vai até 8 de junho
Quais espécies de peixes correm risco de extinção em Goiás? Para responder à pergunta, foi aberta uma consulta ampla – dirigida sobretudo à comunidade científica – que busca levantar todas as informações disponíveis sobre o assunto. O esforço para reunir dados sobre o assunto é coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Depois de colhidas, as contrbuições serão analisadas por especialistas e, posteriormente, incluídas em uma ficha de espécies. O objetivo é construir uma base de informações sobre a biodiversidade que sirva de subsídio para formulação de políticas públicas. As contribuições devem ser feitas pelo site BioData (https://biodata.meioambiente.go.gov.br).
Essa é a primeira vez que Goiás vai ter sua própria lista de espécies ameaçadas de extinção. Atualmente, o que se tem são dados a nível nacional, produzidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Neste cenário, é possível que alguma espécie esteja ameaçada em Goiás, mas essa realidade não é reconhecida nacionalmente.
A ideia é que com essas informações coletadas, a Semad tenha condições de estabelecer estratégias adequadas para cada tipo de espécie em risco. A expectativa é avaliar todas as 1,7 mil espécies de vertebrados que ocorrem no estado, incluídas nos grupos de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes; bem como as 900 espécies de invertebrados, dentro dos grupos: libélulas, aracnídeos, moscas e abelhas.
Para reunir o máximo de informações sobre as espécies que serão avaliadas, todas as espécies de vertebrados e invertebrados vão passar por uma consulta ampla e toda comunidade científica está sendo convocada a participar do processo.
A avaliação de risco de extinção de espécies depende da aplicação da metodologia científica União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que é reconhecida e utilizada pelo ICMBio para as avaliações nacionais. Por essa razão, foi desenvolvido o BioData, um sistema estadual que serve para as avaliações, armazenamento e disponibilização dos dados da biodiversidade goiana.
Por enquanto, o BioData é de acesso restrito aos gestores públicos e especialistas que participam do processo de avaliação de risco de extinção. Mas ao final do processo de avaliação, o site público estará disponível para os cidadãos.
Excepcionalmente para este grupo, estarão disponíveis para consulta apenas 35 espécies.
Cynolebias griseus
Hypsolebias brunoi
Hypsolebias flammeus
Hypsolebias marginatus
Hypsolebias notatus
Hypsolebias radiosus
Maratecoara lacortei
Melanorivulus crixas
Melanorivulus faucireticulatus
Melanorivulus formosensis
Melanorivulus illuminatus
Melanorivulus javahe
Melanorivulus kayapo
Melanorivulus kunzei
Melanorivulus litteratus
Melanorivulus nigromarginatus
Melanorivulus pinima
Melanorivulus planaltinus
Melanorivulus proximus
Melanorivulus rubromarginatus
Melanorivulus rutilicaudus
Melanorivulus salmonicaudus
Melanorivulus ubirajarai
Melanorivulus vittatus
Melanorivulus zygonectes
Pituna brevirostrata
Pituna poranga
Plesiolebias aruana
Plesiolebias lacerdai
Simpsonichthys margaritatus
Simpsonichthys nigromaculatus
Simpsonichthys parallelus
Simpsonichthys punctulatus
Spectrolebias costai
Trigonectes rubromarginatus