Segundo profissionais, aparelho estabiliza a respiração e facilita o trabalho dos socorristas. Equipamento pode custar a metade do preço do que um convencional.
O projeto de um reanimador automático e que pode custar menos da metade de um aparelho convencional foi apresentado na terça-feira (6) por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG). Desenvolvido com o intuito de melhorar o tratamento dos pacientes, principalmente os que lutam contra o coronavírus, o equipamento pode substituir os reanimadores manuais, facilitando o trabalho dos profissionais de saúde.
"Nosso grande propósito é entregar para a sociedade um produto que seja viável, seguro, de baixo custo, que possa ajudar a sociedade neste momento e em outras situações", diz o pesquisador da UFG Roberto da Piedade.
Segundo o professor e pesquisador da UFG Roberto da Piedade, o protótipo desenvolvido tem a mesma eficácia que os equipamentos usados normalmente para o atendimento dos pacientes. É uma saída para estabilizar a oxigenação do paciente enquanto ele aguarda a ventilação pulmonar ou a transferência de uma unidade de saúde para a outra, sem que haja grande esforço dos socorristas.
"Ele continua mantendo as características de apoio ao seu suporte ventilatório inicial que o paciente exige em qualquer condição - acidente e pessoas idosas - e que possa ter um equipamento desse evitando aquele estresse e aquele esforço superior do agente de saúde que precisa ficar bombeando o ambu", explica o professor.
De acordo com os pesquisadores, o reanimador deve custar em torno de R$ 2 mil. Porém, se for produzido em série, o valor de fabricação cai pela metade, conforme os profissionais. A equipe destaca que os materiais utilizados para fabricar o produto são fácil acesso, o que possibilita ainda que ele seja produzido em fábricas da região.
O equipamento ainda precisa passar por uma avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para poder ser fabricado e utilizado.
O projeto é desenvolvido em parceria com outras 12 universidades do país. A rede é gerida por um instituto sem fins lucrativos. O grupo também desenvolveu, durante a pandemia, protetores faciais e cabines de isolamento.