Norte-americano já passou por dez cirurgias cerebrais e continua lutando por sua saúde depois que tratamento inicial deu errado
As férias de verão do americano Tyson Bottenus para a Costa Rica não acabaram como ele esperava. Depois de ralar o braço durante um passeio de bicicleta, o americano de 35 anos desenvolveu uma infecção no cérebro provocada por um fungo tropical extremamente raro.
Algumas semanas depois de um acidente de bicicleta, em 2018, Bottenus passou a sentir dores de cabeça frequentes e teve paralisia facial. Na tentativa de descobrir o que era, os médicos investigaram as possibilidades de câncer no cérebro, HIV, doença de Lyme, cisticercose, tuberculose, entre outras.
Imagens de ressonância magnética identificaram o fungo Cladophialophora bantiana no cérebro de Bottenus oito meses após a viagem. Ele aparecia como grandes manchas brancas, semelhantes a um mofo, espalhadas em regiões próximas às áreas vitais do cérebro.
Apenas 120 casos como este foram confirmados em todo o mundo desde a descoberta do fungo, em 1911.
O tratamento inicial foi feito com uma combinação de antifúngicos orais e dexametasona, um esteroide para controlar o inchaço e o acúmulo de líquido que causava as dores de cabeça. Novas imagens mostraram a diminuição significativa das manchas brancas em dois meses.
No entanto, em março de 2020, Tyson sofreu um derrame que o deixou com algumas sequelas. Ao voltar ao hospital, descobriu que sua pressão craniana se tornou 15 vezes maior do que a normal e que o remédio que ele tomava há quatro anos não ajudou a matar o fungo.
Desde então, o americano passou por dez cirurgias cerebrais e cinco punções lombares. Em entrevista ao Buzzfeed, afirmou: “Meu futuro permanece obscuro, tão suave e escuro como o próprio fungo Cladophialophora bantiana”.