Alvos da investigação têm cinco dias para apresentar defesas. TSE investiga atos e declarações feitos antes da candidatura, durante o período eleitoral e após a divulgação dos resultados
Segundo candidato a deputado federal mais votado em Goiás, Gustavo Gayer (PL) passou a ser investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso porque o corregedor-geral eleitoral do órgão, Benedito Gonçalves, iniciou nesta quarta-feira (14) uma ação que apura a conduta de Jair Bolsonaro (PL) e alguns de seus aliados por ataques às eleições e abuso de poder político.
O g1 entrou em contato com Gustavo Gayer para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O documento assinado pelo corregedor justifica a ação pontuando que os ataques às eleições caracterizam uma suposta prática do uso indevido dos meios de comunicação e tiveram como objetivo "abalar a normalidade" do processo eleitoral.
Ainda de acordo com a ação, tais "atentados" visaram estimular nos eleitores o sentimento de insegurança e descrença no processo eleitoral, "atentando contra a existência" da própria democracia.
"[São] atos atentatórios contra o sistema eleitoral brasileiro a visarem a abalar a normalidade e higidez do pleito, para, assim, deslegitimar o sufrágio eleitoral democrático e seguro", descreveu o documento.
A investigação se refere a atos e declarações realizados pelos envolvidos antes do registro de candidatura, durante o período eleitoral, na data do segundo turno e após a divulgação dos resultados.
No documento, o corregedor pontua que Gayer e os demais investigados "usam as redes sociais para propagar “a narrativa de que o sistema eleitoral brasileiro seria inseguro e manipulável”, alcançando milhares de seguidores e criando uma "dominação do território virtual".
Além disso, que os investigados teriam abusado de seu poder político para "manutenção desse poder ao custo da eliminação do "jogo democrático". O ministro deu um prazo de cinco dias para que os alvos das ações apresentem suas defesas ao tribunal.
Na ação de ataques ao sistema eleitoral, são alvos da investigação: