Polícia também encontrou o corpo do homem no local. Família diz que ele era obcecado pela jovem e passou a persegui-la depois do fim do namoro.
Goiana Lídia Lúcia, de 28 anos, é encontrada morta no apartamento do ex-namorado nos EUA — Foto: Leidianne Ferreira/Arquivo Pessoal
A goiana Lídia Lúcia Ferreira Borges, de 28 anos, foi encontrada morta em um apartamento do ex-namorado, nos Estados Unidos. A polícia também localizou o corpo do homem no local e relatou no boletim de ocorrência que ele pode ter matado a jovem e se matado em seguida.
A servidora pública Leidianne Ferreira, de 34 anos, irmã de Lídia, contou ao G1 que o corpo foi encontrado na terça-feira (22).
"A família está desolada. Ela era linda, carinhosa com todos e ajudava todo mundo. Tinha o sonho de se casar e constituir família. Foi uma tragédia muito grande", desabafou a irmã.
A família é natural de Edéia, a 120 km de Goiânia, mas reside em Caldas Novas, no sul do estado, há mais de 20 anos. Lídia se mudou para São Francisco, no estado da Califórnia, há dois anos e meio e trabalhava com limpeza de residências por aplicativo.
Uma amiga que morava com a jovem há um ano e preferiu não ser identificada relatou que ela saiu para trabalhar e não voltou. Preocupada, chamou a polícia e passou informações sobre o trabalho que foi fazer. Em buscas pela cidade, os policiais encontraram o carro da goiana estacionado em frente ao prédio onde o ex-namorado morava.
O brasileiro que Lídia namorou aparentava ser uma pessoa tranquila, segundo a amiga que o conheceu pessoalmente. Porém, de acordo com a colega, quando a goiana terminou o relacionamento, há sete meses, o homem, que não teve a identidade divulgada, começou a persegui-la e ligar insistindo para reatar o namoro.
A amiga acredita que o homem abordou Lídia em algum ponto da cidade e a levou para o apartamento dele, onde ocorreu o crime. A polícia de São Francisco continua a investigar o caso, segundo a mulher.
"Ele ficou obcecado por ela. Mas, em nenhum momento, demonstrou agressividade e não fez ameaças contra ela. Mesmo assim, nós a aconselhamos a prestar queixa contra ele, por causa das perseguições. Ela achou que não precisava no momento", conta.
Tanto a amiga quanto um tio de Lídia estão juntando a documentação necessária para fazer o traslado do corpo para Caldas Novas, onde a família quer fazer o sepultamento.
O G1 pediu um posicionamento sobre o caso ao Itamaraty, por e-mail enviado na manhã desta quinta-feira (24), e aguarda retorno.