Histórias reais de assassinos, estupradores, pedófilos, assaltantes e presos por tráfico de drogas que 'assombram' Brasília
Quando falamos do bandido mais destemido e temido do Distrito Federal, é fácil cair na tentação de dizer "João de Santo Cristo", tendo em vista que o personagem segue latente na música de Legião Urbana, originada na capital, e no filme que leva seu nome (foto acima). No entanto, fruto de ficção, o tal João perde de longe para a realidade.
Enquanto à polícia segue na busca por Lázaro Barbosa, moradores de Brasília e do Entorno lidam com a insegurança promovida pelo assassino em série que já se colocou rapidamente na lista de pesadelos da história local.
Pensando nisso, listamos os criminosos que mais perturbaram a paz coletiva na região. Autores de homicídios e ligados a crimes que vão do tráfico a estupros, estes nomes provavelmente não serão esquecidos pela população.
Marinésio está preso desde agosto de 2019, quando confessou ter assassinado a advogada Letícia Curado, 26 anos, no dia anterior a sua prisão. O homem também confessou o assassinato de Genir Pereira, 47 anos, em junho do mesmo ano. Em ambos os casos, as vítimas foram assediadas e estranguladas. No caso de Genir, o acusado levou R$ 750 reais e pertences da vítima.
Após sua prisão, Marinésio foi acusado de estuprar uma jovem de 17 anos. O homem responde por homicídio quintuplamente qualificado da advogada Letícia Curado, ocultação de cadáver, tentativa de estupro e furto. O ex-cozinheiro também é suspeito pelos ataques a duas irmãs, de 18 e 21 anos, em 24 de agosto de 2019, respondendo pelo estupro da vítima mais velha e pela tentativa de abuso sexual da mais jovem.
Além desses, ele ainda é acusado de abuso sexual de uma mulher, que ocorreu no Guará, estupro em Sobradinho, que ocorreu entre 2013 e 2014 e pelo caso de privação de liberdade de uma jovem de 21 anos, que pegou carona com Marinésio no carro dele, uma Blazer cinza, em 2017. À época, a vítima tinha 19 anos. Ela relatou que o homem tentou uma investida sexual, mas ela não quis. Depois de algumas tentativas, ele deixou a mulher na porta de casa. Com medo, ela se mudou.
Preso e condenado duas vezes por estupro nos anos de 1990 e 2002, Ataídes Xavier da Trindade, cometeu o mesmo crime no Distrito Federal e fez, ao menos, quatro novas vítimas entre 2013 e 2019. O homem era morador de Planaltina e escolhia mulheres magras, com idades entre 16 e 19 anos. Para atrair as vítimas, o criminoso se passava por motorista de transporte clandestino e abordava as jovens nas paradas de ônibus entre 20h30 e 21h.
Ele chegava à parada, anunciava ser motorista de transporte pirata para conseguir que a vítima embarcasse. No caminho, Ataídes desviava o caminho e ia para locais afastados, com pouca movimentação de pessoas. Neste momento, ele anunciava o crime com grave ameaça de que mataria a vítima.
Adimar de Jesus foi condenado em 2005 por abuso sexual de dois meninos no DF, sendo solto em 23 de dezembro de 2009. Após sete dias de sua saída da penitenciária da Papuda, pela porta da frente, confessou a morte de seis adolescentes de Luziânia (GO) dados como desaparecidos.
Em 2010, o homem foi preso novamente pelo assassinato em série que atormentou Luziânia por 101 dias. Seis corpos foram encontrados enterrados em um terreno da área rural do município, a 70km de Brasília. Sem demonstrar arrependimento ou remorso pelas execuções que admitiu ter cometido a sangue frio, ele levou os policiais aos locais onde enterrou suas vítimas mais recentes.
Oito dias depois de sua prisão, o 'Maníaco de Luziânia', foi encontrado morto em sua cela. A Polícia Civil afirma que ele se enforcou com uma corda improvisada com o tecido do colchão.
Uma das maiores organizações criminosas do país, o PCC tem dois de seus membros mais atuantes reclusos na Papuda. Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como Júnior Minotauro, foi preso em fevereiro de 2019 por narcotráfico. Ele é acusado de ser mandante de diversos assassinatos, entre eles, o ex-prefeito de Bella Vista Norte Julio Cesar Rojas Vadora e o então chefe da Secretaria Nacional de Erradicação da Malária (Sanepa) Alejandro Malberti Delgado, que estava com Rojas. Em sua atuação, se aliou a comparsas no Paraguai, com o objetivo de assumir o controle do tráfico de drogas e de armas na fronteira entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Quem também cumpre pena do Distrito Federal é Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Líder do PCC, ele foi preso pela primeira vez em São Paulo no final da década de 1990. Acusado de roubos a carros-fortes e bancos, também foi condenado a mais de 330 anos por formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídio. Desde de 2019, Marcola cumpre pena em presídio de Brasília.
O caso mais recente que preocupa os moradores do Distrito Federal é o de Lázaro Barbosa de Sousa: já são sete dias de perseguição e um rastro de violência extrema pelo caminho. O homem, de 33 anos, é acusado de matar uma família de quatro pessoas em Ceilândia - pai, mãe e filhos -, invadir chácaras, fazer reféns, atear fogo em carro e casa e balear três vítimas.
A busca pelo criminoso está em curso desde quarta-feira (9/6) e reúne mais de 200 policiais e 50 viaturas do Distrito Federal e de Goiás, que reforçam as buscas pelo suspeito, que, até o momento, sempre conseguiu dar um jeito de fugir e impõe rastro de violência no processo.