Segundo delegado, após receber imagens, ele se identificava como mãe da internauta, dizia que a filha era adolescente e pedia dinheiro para não denunciá-lo à polícia.
De dentro da cadeia, preso se passava por mulher na web, pedia fotos íntimas a homens e depois cobrava para não divulgá-las — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A Polícia Civil de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, identificou um homem suspeito de se passar por mulheres nas redes sociais para pedir fotos íntimas a homens e, depois, extorquir dinheiro deles para não divulgar as imagens. Segundo a polícia, o suspeito já estava detido e praticava os crimes de dentro do presídio. A investigação apurou que cerca de dez pessoas caíram no golpe e pagaram até R$ 5 mil ao criminoso.
Depois de dois meses de investigação, a polícia descobriu, nesta quinta-feira (26), que o criminoso agia de dentro do presídio de Jataí, a cerca de 100 km de distância de Rio Verde. Na cela dele, foram encontrados 11 celulares escondidos em fundos falsos nas paredes e camas.
Segundo a polícia, o suspeito mantinha perfis falsos de mulheres em redes sociais, conversava e trocava fotos íntimas em aplicativos de mensagem.
Após receber os “nudes”, o preso se passava por mãe da internauta, entrava em contato com a vítima dizendo que a filha era menor de idade e cobrava dinheiro para não denunciá-lo à polícia.
Caso não pagasse, um falso delegado também entrava em contato com o homem que enviou as fotos e dizia que, se ele não quisesse ir preso por pedofilia, deveria pagar propina.
Além de se passar por mãe e delegado, em uma das conversas que a polícia teve acesso, o suspeito ainda se identifica como advogado e cobra R$ 3 mil para acompanhar o processo.
Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos, na quinta-feira (26), mandados de buscas em casas de familiares e cúmplices do investigado. Também foram apreendidos vários comprovantes de depósitos bancários e outras provas. O delegado apura se outras pessoas participavam dos golpes.
Segundo a polícia, como o suspeito já estava preso, ele continuará na prisão, e agora responde também por extorsão, com pena mínima de 4 a 10 anos.