Segundo Alain Reis Santana, o assassino ameaçou "pegar a sua família" caso ele contasse que sabia o paradeiro do fugitivo
O caseiro Alain Reis Santana, 33 anos, acusado de ajudar o assassino Lázaro Barbosa, 32, foi liberado na madrugada deste sábado (26/6), por volta da 0h30. Após ser posto em liberdade, o caseiro afirmou que viu o fugitivo em três ocasiões e chegou a ser ameaçado por ele. Alain foi denunciado junto com o patrão, Elmi Caetano Evangelista, 74, por esconder, alimentar e ajudar o maníaco a fugir da Justiça.
“Eu fazia tudo lá na casa do seu Elmir, cuidava dos peixes, cuidava das vacas. Desconfiei que ele estava escondendo algo, vi o Lázaro três vezes, a última na quinta-feira. Na quarta-feira, ele falou que se eu falasse pra alguém [o paradeiro do assassino], ele sabia onde eu morava, que ia pegar minha família”, contou o caseiro. Alain ainda disse que não sabe qual a natureza da amizade de Lázaro com Elmi.
O suspeito foi liberado após audiência de custódia, que ocorreu na tarde dessa sexta-feira (25/6). O juíz entendeu que, no caso de Alain, “os indícios de autoria até o momento colhidos revelam-se frágeis, principalmente porque a relação com o outro autuado é de patrão-empregado”.
“Não é possível extrair dos autos que ele tenha aderido à suposta conduta do proprietário da fazenda de ajudar Lázaro. Quanto à arma e às munições, a posse não pode ser-lhe estendida, porque foram encontradas no interior da Fazenda Caetano, que pertence ao outro autuado”, ressaltou a juíza.
Lázaro é acusado de cometer crimes brutais, como latrocínio, estupros e homicídios. O maníaco foge de centenas de policiais há 18 dias. A suspeita é de que, nos últimos cinco dias, Lázaro tenha se escondido e se alimentado na chácara de Elmi. Ao prendê-lo, a polícia alegou que Elmi dava cobertura a Lázaro e que ele estaria com uma das armas roubadas pelo psicopata, com 50 munições, na região de Cocalzinho (GO), uma espingarda calibre .22.
As equipes apreenderam duas armas de ar comprimido, sendo que uma delas foi modificada mecanicamente para disparar munição de calibre .22. Segundo o caseiro, as armas eram do patrão, Elmi Caetano.