Comentarista Caio Ribeiro revelou na última sexta-feira (03/09), em suas redes sociais, que estava com um câncer, um linfoma de Hodgkin
Na última sexta-feira (03/09), o comentarista Caio Ribeiro, da Globo, revelou que está com câncer. Em vídeo publicado em seu Instagram, ele explicou que o diagnóstico foi dado depois de ele perceber um caroço no pescoço. Caio contou ainda que está fazendo quimioterapia e demonstrou confiança na recuperação.
"Eu fui diagnosticado com um linfoma, que se chama linfoma de Hodgkin. A boa notícia é que ele tem 95% de (chance de) cura e meu corpo está respondendo muito bem ao tratamento. Já estou na penúltima sessão de quimioterapia, estou forte, com a cabeça boa", disse o comentarista de 46 anos.
O anúncio feito por Caio Ribeiro levantou questões sobre o tipo de câncer, como é feito o tratamento e quais os principais sintomas. Confira abaixo respostas para as principais perguntas sobre o linfoma de Hodgkin.
O linfoma de Hodgkin é um câncer?
Sim, é um câncer. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto de órgãos e tecidos espalhados pelo corpo. Formado por vasos e gânglios, o sistema linfático é responsável pela por produzir e amadurecer as células de defesa do organismo, além de drenar e filtrar o excesso de líquido do corpo.
Quais são os principais sintomas do linfoma de Hodgkin?
Em geral, o paciente percebe a presença de linfonodos, que se spresentam como caroços, muitas vezes indolores. No caso de Caio, o caroço foi percebido no pescoço. Essas ínguas aparecem com frequência também no pescoço, nas axilas e na virilha. Outros sintomas dependem do local onde o câncer está, mas podem incluir febre, perda de peso, fraqueza e aumento do volume do abdômen.
Como é feito o diagnóstico do linfoma de Hodgkin?
O INCA informa que o diagnóstico do linfoma de Hodgkin é obtido por meio de biópsia da região afetada. A biópsia consiste na retirada de uma pequena parte ou de todo o linfonodo, que é então enviado para exame em laboratório. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o linfoma de Hodgkin pode ser classificado em dois grupos: linfoma de Hodgkin clássico e linfoma de Hodgkin de predomínio linfocitário nodular, presente em apenas 5% dos casos.
Como é feito o tratamento do linfoma de Hodgkin?
De acordo com informações do hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, o tratamento do linfoma de Hodgkin é baseado em fatores como idade do paciente, estado clínico geral, tipo e localização do linfoma. Vários tipos de tratamento podem ser realizados para o linfoma de Hodgkin, por exemplo, quimioterapia, radioterapia, anticorpos monoclonais e quimioterapia de alta dose com transplante de medula. As duas principais formas de tratamento do linfoma de Hodgkin são a quimioterapia e a radioterapia. Caio Ribeiro, por exemplo, contou que está realizando quimioterapia, que pode levar à queda de cabelo.
Quais as diferenças entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma de não-Hodgkin?
Apesar de terem sintomas parecidos, os linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin são diferentes. De acordo com o Hospital Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, a diferença entre eles está na característica das células encontradas no tumor. Somente após biópsia é possível fazer a diferenciação. O linfoma de Hodgkin apresenta alto índice de cura com quimioterapia de primeira linha. Isso quer dizer que, logo no primeiro tipo de tratamento que o paciente faz, ele tem boas chances de apresentar bons resultados.