Proposta de Oxford demonstrou ser segura, ter poucos efeitos secundários e ter estimulado a produção de anticorpos e células do sistema imune contra o novo coronavírus
Um artigo publicado nesta segunda-feira pela revista científica The Lancet concluiu que a vacina candidata da Universidade de Oxford (Reino Unido), produzida em parceria com o laboratório AstraZeneca, demonstrou ser segura, ter poucos efeitos secundários e ter estimulado a produção de anticorpos e células do sistema imune contra o novo coronavírus. A fórmula está sendo testada no Brasil em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e O Instituto D’Or, no Rio.
Além da vacina de Oxford, outras duas pesquisas anunciaram resultados promissores semelhantes. A China disse que a vacina contra a Covid-19, que chegou hoje ao Brasil e começará a ser testada amanhã, desenvolvida pela CanSino Biologics Inc e pela unidade de pesquisa militar chinesa, também mostrou resposta imune segura e induzida na maioria dos receptores.
A empresa alemã de biotecnologia BioNTech e a farmacêutica americana Pfizer divulgaram, também nesta segunda-feira, dados adicionais de sua vacina experimental contra o coronavírus que provam que ela é segura e foi capaz de induzir resposta imunológica nos pacientes.
Os resultados publicados agora dizem respeito aos testes da fase 1/2, realizada no Reino Unido com 1.077 pessoas. Os dados são promissores, mas, para ser produzida, a vacina ainda precisa passar pela terceira e última etapa de testes, em andamento no Brasil, na África do Sul e no Reino Unido.
De acordo com a Lancet, na fase 1/2, a fórmula estimulou respostas imunológicas “potentes” tanto na frente humoral (produção de anticorpos) e celular (ativação de linfócitos, células do sistema imune), se aplicada em dose dupla.