Investigação também vai ouvir os pais do menino de oito anos
O menino de 8 anos morreu após cair de um toboágua de 10 metros de altura, em Caldas Novas (Foto: Reprodução - Redes Sociais)
A Polícia Civil vai ouvir o depoimento do engenheiro responsável pela reforma do tobogã Vulcão, onde um menino de 8 anos caiu e morreu, em Caldas Novas. Além disso, também ouvirá a versão dos pais da vítima.
O delegado responsável pelo caso, Rodrigo Pereira, disse que a investigação ‘avançou muito’ desde que o crime aconteceu, no último domingo (13), e agora segue para sua fase final.
De acordo com o investigador, no decorrer desta semana a polícia ouviu o depoimento de sete funcionários do parque DiRoma Splash, dentre eles o gerente-geral.
Em resposta, o grupo DiRoma informou que ‘não irá se manifestar ou emitir novos posicionamentos até a conclusão das investigações’.
Um outro avanço importante para apuração dos fatos, foi o acesso da polícia as imagens do circuito interno de câmeras de monitoramento do parque. Todas elas foram encaminhadas para a realização de exame pericial pelo núcleo da Polícia Técnico-Científica de Caldas Novas.
A perícia também trabalha na conclusão dos laudos cadavérico da vítima e do local onde a morte aconteceu. Todos eles devem ser entregues em breve para auxiliar a polícia a concluir o inquérito.
O principal objetivo da investigação, segundo a própria polícia, é conseguir indicar se o caso se trata de um acidente, sem nenhum culpado, ou se envolve negligência. Se houver negligência, é um crime, pois poderia ser evitado.
Na última terça-feira (15), a superintendente da Polícia Técnico-Científica de Caldas Novas, Káthia Mendes de Magalhães, já havia adiantado que os laudos do local apontam que o tobogã onde ocorreu a fatalidade não estava sinalizado para manutenção.
Todo o acesso ao brinquedo se dá através de uma escada. Essa, por sua vez, não estava sinalizada a respeito de nenhuma manutenção ou má condição.
Ao chegar no fim da escada, o visitante encontra uma plataforma com quatro tobogãs iguais. Porém, segundo a superintendente, apenas um dos quatro escorregadores estava vedado por fitas zebradas. Todos os outros três estavam sem qualquer indicação de manutenção, faixa zebrada ou vedação que impedisse o uso do brinquedo.
Ainda de acordo com a superintendente, a principal hipótese até o momento é a de que o garoto tenha descido pelo tubo de cor azul. Este, no entanto, estava apenas com o início da estrutura montada.
Após entrar no escorregador e começar a descer, o menino se deparou com a falta do plástico e caiu em queda livre até o chão. Antes de se chocar contra o solo, o menino bateu o corpo contra uma estrutura de ferro do brinquedo aquático. O impacto deixou marcas, segundo a perícia.
Ele sofreu múltiplas fraturas, além de traumatismo craniano, seguido de afogamento.