Brendon da Silva Santos, de 18 anos, foi encontrado morto por amigos na casa onde morava sozinho, em Goiânia. Jovem tinha diabetes tipo 1 e, segundo a mãe, fazia o tratamento.
O estudante Brendon da Silva Santos, de 18 anos, que foi encontrado morto em casa, teve um tromboembolismo pulmonar, afirma o Instituto Médico Legal (IML). A mãe do jovem, Erenice Silvania, desabafa sobre a demora de três meses para saber a causa da morte do filho.
“Foi uma tortura, é remexer na ferida. Fico muito angustiada”, relata a mãe do estudante.
O jovem, que foi aprovado em 1º lugar para o curso de jornalismo na Universidade Federal de Goiás (UFG), era carinhoso, responsável e amava viver. Na época da morte, Silvania falou sobre a última conversa que teve com o filho e sobre o sonho dele de ser jornalista.
O corpo de Brendon foi encontrado por colegas no dia 3 de maio, na casa onde ele morava sozinho, em Goiânia. A Polícia Civil (PC) informou que há um registro de ocorrência como morte natural. Segundo a mãe, ela aguardou três meses para saber a causa da morte do filho.
“Estive no IML na semana passada e não tinha o laudo, pediram para voltar em setembro. Agora, não sei nem o que dizer. Me sinto um pouco culpada", finaliza Silvania.
O tromboembolismo pulmonar, geralmente, é causado por coágulos procedentes dos membros inferiores, das pernas, que se deslocam pelas veias e vão até o pulmão, trajeto normal do sangue.
“Chegando no pulmão, se ele for de um tamanho expressivo, ele faz uma obstrução nas artérias que levam o sangue para ser oxigenado. Com isso, a consequência quase imediata é uma parada cardiorrespiratória”, explica o médico Wandervam Azevedo.
A Polícia Militar (PM) afirmou que os amigos de Brandon o encontraram morto em cima da cama e informou que ele fazia uso de medicamentos para controlar os problemas de saúde. Na época, Silvania disse que ele vivia com diabetes tipo 1, mas destacou que o jovem tinha uma vida normal.
A mãe alegou ainda que há mais de um ano o filho não necessitava ser internado e só ia às unidades de saúde para as consultas rotineiras. Segundo ela, na declaração de óbito dizia que a causa foi ‘complicação da diabetes’, mas que informava se havia sido uma convulsão ou parada cardíaca.
“O perito disse que mais provável que tenha sido uma convulsão”, ponderou.