Um grupo de investidores, liderado pelo polêmico príncipe Mohammed bin Salman, deu início ao processo de aquisição do clube da primeira divisão inglesa
A estátua de Sir Bobby Robson, ídolo do Newcastle, na parte externa do estádio St. James' Park Richard Sellers/EMPICS/PA Images/Getty Images
Em meio a incertezas sobre o desfecho da atual temporada de futebol na Europa, devido à pandemia de coronavírus, uma notícia chamou a atenção nesta terça 14. O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, administrado pelo príncipe Mohammed bin Salman, deu entrada no processo de compra do Newcastle United, clube da primeira divisão da Inglaterra, pela vultuosa quantia de 300 milhões de libras (algo como 1,9 bilhão de reais, na cotação atual).
Segundo o Financial Times, 80% dos 300 milhões devem sair diretamente do fundo saudita. O restante da operação ficará a cargo dos demais sócios do negócio: a empresária inglesa Amanda Staveley e os irmãos David e Simon Reuben, ligados ao ramo imobiliário no Reino Unido.
Desde o agravamento das condições sanitárias mundiais, as discussões sobre compra e venda de atletas ou de clubes, inclusive, davam conta sobre a possível redução dos valores envolvidos em negociações desse tipo. A compra do Newcastle prova que o mercado ainda está aquecido, mesmo com a paralisação dos campeonatos e as perdas milionárias de receitas.
Em 2008, o Manchester City foi vendido pelo ex-primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, a um grupo de investidores ligados ao xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan, de Abu Dhabi, por150 milhões de libras. Desde então, o clube teve ascensão meteórica no futebol inglês, levantando a taça da Premier League em quatro oportunidades, com um time repleto de estrelas e que, desde 2016, está sob o comando do técnico espanhol Pep Guardiola.
As notícias da negociação começaram em janeiro, quando a pedida do magnata inglês Mike Ashley, dono do Newcastle, era de 350 milhões de libras. O assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, crítico do governo de seu país, no consulado da Arábia em Istambul, na Turquia, colocou um freio temporário nas conversas a medida que as investigações apontaram a participação direta do príncipe bin Salman no ato.
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