A investigação descarta, até agora, a possibilidade de o incêndio ter sido criminoso
Um laudo produzido por peritos da Polícia Federal revela que um curto-circuito causado pelo superaquecimento de um aparelho de ar-condicionado causou o incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em setembro do ano passado. A investigação descarta, até agora, a possibilidade de o incêndio ter sido criminoso.
A informação é do jornal O Estado de S.Paulo. A partir da perícia e de outros dados coletados na investigação, o delegado responsável pelo caso avaliará se o incêndio poderia ser evitado e se há algum responsável pelas condições que o provocaram. Ele irá analisar, por exemplo, se houve negligência por parte da administração do museu.
Ainda de acordo com o jornal, o ar-condicionado ficava no auditório, no primeiro andar do prédio. Os investigadores reconstruíram o local do incêndio em laboratório para interpretar o que aconteceu antes das chamas tomarem o prédio e o que levou o fogo a consumir todo o museu.
O incêndio destruiu a maior parte do acervo do museu, que contava com mais de 20 milhões de peças. Foram recuperados mais de 1.500 itens, entre eles o crânio e parte do fêmur de Luzia, possivelmente o fóssil humano mais antigo das Américas já descoberto.
Em maio, o diretor do museu, Alexander Kellner, 56, havia criticado a falta de verbas para a manutenção do espaço. Um terço das salas de exposições estavam fechadas. Muitas das paredes do museu estavam descascadas, havia fios elétricos expostos e má conservação generalizada.
Fonte: Folhas Press