Geraldo Cavalcante Nogueira participava de um grupo em um aplicativo relacionado apenas ao Tigrinho e tinha costume de jogar na plataforma
Clícia Balbino
O técnico de manutenção em ar-condicionado Geraldo Cavalcante Nogueira, de 31 anos, desapareceu na última sexta-feira (11), em Aparecida de Goiânia. O homem teria entrado em contato com a irmã e com a esposa por um aplicativo de mensagens antes de desligar o celular e não ser mais visto. Ambas as mulheres acreditam que o desaparecimento tenha relação com o Jogo do Tigrinho.
Ao Mais Goiás, tanto a irmã quanto a esposa disseram que o homem perdeu dinheiro no jogo, mas não souberam informar valores. Marielli, a esposa, disse que Geraldo participava de um grupo em um aplicativo relacionado apenas ao Tigrinho e tinha costume de jogar na plataforma. A Polícia Civil investiga o caso.
Marielli revela que, em março de 2024, Geraldo chegou a perder mais de R$ 2 mil do salário e teve depressão. Conforme a esposa, ele precisou fazer um tratamento psiquiátrico e estava tomando remédio, mas parou. “Mas desde o começo do ano passado, o que ele recebia ia para minha conta. Ele passou o ano bem, sem jogar.” Nesse ano, contudo, o carro do casal precisou de reparos e ela acredita que, por dificuldades financeiras que passaram, ele tenha voltado a jogar para tentar resolver a situação.
“Ele jogava escondido. Não sabia de nada disso. Sempre foi uma pessoa tranquila, não frequentava bares, estávamos sempre juntos.” O casal está casado há 3 anos e 8 meses. Geraldo tem um menino de outro casamento.
No dia do desaparecimento, por volta das 15 horas, Marielli disse que Geraldo afirmou que iria ir a uma oficina verificar o carro que estava no conserto. No entanto, ele não chegou a ir ao local. O homem enviou uma mensagem para o mecânico informando o número da esposa e dizendo que, caso não conseguisse ir até lá, que o profissional poderia entrar em contato com a mulher.
Geraldo também entrou em contato com o chefe e pediu para que ele desse “assistência para a esposa”, caso algo acontecesse. Para a irmã, Thays, às 15h30, Geraldo relatou que estava chateado. Questionado pelo motivo, ele respondeu: “Quando morrer, passa.” Ela, então, sugeriu remédios para a ansiedade.