Após enfrentar uma delicada cirurgia de transplante de medula óssea, o pequeno Pedro, de quatro anos, celebrou seu aniversário de forma emocionante. Nascido no dia 29 de agosto, o garoto comemorou mais um ano de vida no último final de semana, em uma festa no prédio onde mora, em Goiânia. O evento foi marcado pela visita da guarnição do Quartel do Comando Geral dos Bombeiros Militares, corporação que ele tanto admira.
Segundo a mãe de Pedro, Liliane Mendonça Machado, o filho tem demonstrado grande interesse por caminhões e veículos de serviço, paixão despertada pelos desenhos que assiste. “Ele queria uma festa temática de bombeiros e chegou a pedir que eu me vestisse com o uniforme da corporação durante a comemoração”, contou Liliane ao Mais Goiás.
A família entrou em contato com os bombeiros para relatar a trajetória de superação de Pedro e, segundo Liliane, não imaginava que seriam atendidos. “Fiquei muito emocionada quando soube que fariam essa surpresa no dia do aniversário dele. Vi o carro dos bombeiros estacionando na porta do prédio e avisei o pai do Pedro para descer. Também avisei os convidados sobre a surpresa, caso quisessem esperar lá fora”, relembrou.
Alguns vizinhos chegaram a se preocupar, pensando que houvesse algum incêndio, devido à movimentação na porta do prédio.
Pedro precisou do transplante de medula óssea em 30 de setembro de 2024, realizado no Hospital Nove de Julho, em São Paulo. A mãe explicou que, embora não seja da área da saúde, considera que o tratamento do filho é semelhante ao de um paciente com câncer. “Ele fez quimioterapia por nove dias, ficou carequinha e passamos dois meses praticamente vivendo dentro de um quarto de hospital. Durante esse período, ele passou quatro vezes pela UTI devido a intercorrências graves”, relatou.
Aos quatro meses de vida, ele foi para a UTI com 75% dos pulmões comprometidos. Na época, pensaram se tratar de COVID-19, mas uma biópsia de emergência realizada quando tinha um ano de idade revelou que os nódulos no pulmão eram causados por fungos, e não metástase como inicialmente suspeitado.
O transplante de medula foi necessário porque Pedro tem uma doença rara e grave, chamada Hiper IgM, que impede a produção de células de defesa essenciais para proteção contra vírus, bactérias e fungos.