Um falso investidor, identificado como Paulo Roberto Tinoco Bonafina, de 59 anos, foi preso suspeito de aplicar estelionato amoroso e fraudes financeiras em quatro municípios de Goiás. De acordo com a Polícia Civil, o golpista se apresentava como um homem bem-sucedido e seduzia as mulheres com promessas de casamento para convencê-las a entregar grandes quantias em dinheiro. O homem também teria enganado vários empresários com propostas de investimentos de alta rentabilidade nas cidades de Goianésia, Ceres, Pirenópolis e Valparaíso.
As investigações apontaram que Bonafina se aproximava das mulheres com a promessa de um relacionamento sério. Após conquistar a confiança das vítimas, ele alegava estar à espera do retorno de altos valores aplicados e, com isso, as convencia a realizar transferências bancárias, conceder empréstimos e entregar quantias em dinheiro, que seriam devolvidos assim que seus investimentos fossem liberados.
Além do golpe amoroso, o suspeito também abordava comerciantes e empresários, apresentando-se como um investidor autônomo, e fazia falsas promessas de aplicações com retornos financeiros de alta lucratividade.
Em um dos casos, ocorrido em abril de 2025, Bonafina se aproximou de uma comerciante e ofereceu participação em uma empresa de fundos de investimento que, na verdade, era uma fachada. A vítima e o filho dela chegaram a repassar mais de R$ 60 mil ao suspeito. Para manter o golpe, ele simulou uma falsa transferência milionária e chegou a enviar o comprovante para a família.
A polícia também descobriu que o endereço informado pelo suspeito como sendo a sede da suposta empresa era, na verdade, o imóvel de uma das vítimas, comprovando que a organização nunca existiu formalmente.
A prisão foi realizada pela Polícia Civil por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) de Goianésia, com cumprimento de mandados de busca e apreensão que aconteceram em Ceres, entre terça-feira (5) e quarta-feira (6).
Bonafina foi encaminhado ao sistema prisional e responderá pelos crimes de estelionato e outras fraudes. A Polícia Civil segue apurando o caso e colhendo depoimentos de possíveis novas vítimas.
A divulgação da imagem do investigado foi realizada nos termos da Lei 13.869/2019, da portaria nº 547/2021/DGPC, devido ao interesse público em identificar outras vítimas dos crimes praticados pelo investigado.