De acordo com direção da unidade, o paciente está internado em observação e aguarda a confirmação de exames
De acordo com informações cedidas pela reportagem do Jornal da Terra, um adolescente de 14 anos, de idade, morador do Parque Lago deu entrada no Hospital Estadual de Formosa, nesta segunda-feira (18/07), com sintomas do vírus monkey box, conhecido como varíola do macaco.
A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação do HEF, para o Portal Foca Lá, através de uma nota, confira:
O Hospital Estadual de Formosa – Dr. César Saad Fayad esclarece que há um caso suspeito de Monkeypox, doença popularmente conhecida como Varíola do Macaco, sendo acompanhado na unidade. Todos os protocolos preconizados pela Vigilância Epidemiológica estão sendo realizados e o hospital aguarda resultados dos exames confirmando ou descartando o caso.
Para maiores informações, contatar a Secretaria do Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) pelo e-mail: [email protected].
A varíola do macaco, uma doença rara, é causada pelo vírus da varíola símia, que está estruturalmente relacionado com o vírus da varíola e causa doença semelhante, mas geralmente mais leve.
A varíola do macaco, assim como a varíola, é um membro do grupo dos ortopoxvírus. Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatórios do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (p. ex., esquilos) nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central.
A doença em humanos ocorre na África esporadicamente e em epidemias ocasionais. A maioria dos casos notificados ocorreu na República Democrática do Congo. Desde 2016, também foram notificados casos confirmados em Serra Leoa, Libéria, República Centro-Africana, República do Congo e Nigéria, que sofreu o maior surto recente. Acredita-se que um aumento recente de 20 vezes na incidência seja decorrente da interrupção da vacinação contra a varíola em 1980; as pessoas que receberam a vacina contra a varíola, mesmo > 25 anos antes, têm menor risco de varíola símia. Casos da varíola símia na África também estão aumentando porque as pessoas estão invadindo cada vez mais os habitats dos animais que carregam o vírus.
Nos EUA, em 2003, ocorreu uma epidemia de varíola do macaco quando roedores infectados, importados da África como animais de estimação, disseminaram o vírus para cães de estimação que, então, infectaram pessoas no Meio Oeste. Essa epidemia teve 35 casos confirmados, 13 prováveis e 22 suspeitos em 6 estados, mas não houve mortes.
A varíola símia é provavelmente transmitida de animais através de secreções fisiológicas, como gotículas de saliva ou respiratórias ou contato com exsudato de feridas. A transmissão de um indivíduo para outro ocorre de modo ineficaz e acredita-se que ocorra principalmente por meio de grandes gotículas respiratórias via contato direto e pessoal prolongado. A taxa geral de ataque secundário depois do contato com uma fonte humana conhecida é de 3%, e taxas de ataque de até 50% foram relatadas em pessoas que vivem com uma pessoa infectada pela varíola do macaco ( 1). Também foi documentada transmissão em ambientes hospitalares. A maioria dos pacientes é criança. Na África, a taxa de casos fatais varia de 4 a 22%.
Com informações: Clícia Balbino, Jornal da Terra