Jorge Luis Pereira Silva, que estava foragido por envolvimento na morte do fazendeiro Luiz Carlos de Lima, em Formosa, foi preso no dia (28/01), pela CPE em Planaltina-DF. De acordo com o Blog Dinomar Miranda, Jorge Luis Pereira Silva é detetive particular.
O fazendeiro foi assassinado em uma ação onde suspeitos se passaram por policiais, invadiram a fazenda da vítima e fizeram 10 pessoas reféns até a chegada dela no local.
“Aquela imagem é dele chegando logo após o crime para guardar os coletes, as armas. Foi uma imagem do dia do crime”, explicou o delegado Danilo.
Um vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra quando Jorge Luis Pereira Silva chegou em um local para guardar armas após o crime.
A defesa de Jorge Luis Pereira Silva disse que ele já estava se preparando para se apresentar espontaneamente à Justiça.
Disse ainda que a decretação de prisão temporária foi irrazoável, na medida que o investigado sempre morou no mesmo endereço, podendo ser encontrado facilmente pela Justiça e nunca foi intimado para prestar esclarecimentos à Polícia Civil. Agora, guarda-se a conclusão das investigações para tomar as medidas pertinentes ao caso.
Além de Jorge, outras três pessoas foram presas. Os demais presos não tiveram a identidade divulgada. Por isso, a reportagem não conseguiu localizar a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Jorge teve a imagem divulgada pela Polícia Civil enquanto estava foragido, tendo em vista a necessidade de cumprir o mandado de prisão que estava em aberto.
O crime aconteceu em agosto de 2024. Segundo a polícia, os suspeitos renderam 10 pessoas na fazenda da vítima, que também é conhecida como “Peixe”, mantendo-as em cárcere privado. Conforme a PC, eles simularam ser policias ao usar trajes operacionais e várias armas de fogo.
Os suspeitos agiram em ação típica de grupo paramilitar, mantendo as pessoas reféns até a chegada da vítima na fazenda. A ação do grupo criminoso durou cerca de seis horas.
Segundo a polícia, a vítima chegou à fazenda, foi agredida e depois morta. Após o crime, os suspeitos fugiram do local em um carro Volkswagen Gol de cor branca. Durante a operação foram apreendidas munições calibre .380, além de uma arma de fogo tipo rifle calibre .22LR. O carro também foi apreendido.
Conforme a polícia, as investigações continuam para identificar outros participantes do crime e também para buscar esclarecimentos quanto a existência ou não de mandantes. A Polícia Civil explicou que o nome da operação, Isca, se deu porque os suspeitos obrigaram um funcionário da vítima a cortar a correia de uma caminhonete e comunicá-la para que ela trouxesse outra correia nova. A ação foi uma forma de atrair Luiz Carlos, o Peixe, para a fazenda.
“O investigado Sr. Jorge Luis Pereira Silva, por seu advogado, vem a público prestar esclarecimento em relação aos fatos veiculados por diversos meio comunicação pela imprensa de Formosa e região publicada em 27 e 28 de janeiro de 2025 referente a morte do fazendeiro Luiz Carlos de Lima. Pontua-se que os fatos alegados serão oportunamente esclarecidos no bojo do processo judicial. E, no decorrer da demanda judicial o investigado comprovará não ter matado Luiz Carlos de Lima. Assim, é importante frisar que qualquer conclusão nesse momento será meramente especulativa e temerária, na medida que as investigações ainda não foram concluídas.”