Ravi Lorenzo tinha 2 meses e teria bebido colírio para glaucoma, em vez de bromoprida, remédio indicado para enjoo. A Polícia Civil investiga se a farmácia vendeu o medicamento errado
Emanuely Fonseca, mãe do Ravi Lorenzo, disse que filho passou mal após tomar colírio em vez de remédio para enjoo em Formosa, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
A mãe do Ravi Lorenzo, que morreu com 2 meses de vida após beber um remédio errado, disse que o filho estava bem antes de tomar o medicamento, e até sorria para os pais. O mal estar começou logo depois de tomar colírio para glaucoma, em vez de bromoprida, que é indicado para tratar enjoo. O bebê morreu no domingo (5), em Formosa.
"Ele era o meu sonho, tudo que eu pedi para Deus, e levar meu filho assim, tão prematuro, um bebê. É muito difícil. Um pouco antes, meu filho estava bem, sorrindo, foi só aplicar esse remédio que ele ficou ruim e eu perdi ele", desabafou a mãe, Emanuely Fonseca.
A Drogaria Ultra Popular informou na segunda-feira (6) que vai contribuir com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão (veja a íntegra ao final).
A Polícia Civil investiga se o atendente da farmácia vendeu o medicamento errado e se houve supervisão de um farmacêutico na venda. O delegado Paulo Henrique Ferreira disse que se o erro for identificado, a pessoa pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O delegado aguarda também o laudo completo do exame cadavérico, que vai dizer a causa da morte e se há ligação com a ingestão do colírio.
O colírio "tartarato de brimonidina", que foi vendido para a família do bebê, é contraindicado para menores de 2 anos, segundo a bula do remédio.
Por Rafael Oliveira e Gabriel Buosi, g1 Goiás e TV Anhanguera
07/03/2023 16h30 Atualizado há uma hora
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Mãe diz que filho estava bem antes de tomar remédio errado e morrer
A mãe do Ravi Lorenzo, que morreu com 2 meses de vida após beber um remédio errado, disse que o filho estava bem antes de tomar o medicamento, e até sorria para os pais. O mal estar começou logo depois de tomar colírio para glaucoma, em vez de bromoprida, que é indicado para tratar enjoo. O bebê morreu no domingo (5), em Formosa, no Entorno do Distrito Federal.
"Ele era o meu sonho, tudo que eu pedi para Deus, e levar meu filho assim, tão prematuro, um bebê. É muito difícil. Um pouco antes, meu filho estava bem, sorrindo, foi só aplicar esse remédio que ele ficou ruim e eu perdi ele", desabafou a mãe, Emanuely Fonseca.
A Drogaria Ultra Popular informou na segunda-feira (6) que vai contribuir com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão (veja a íntegra ao final).
A Polícia Civil investiga se o atendente da farmácia vendeu o medicamento errado e se houve supervisão de um farmacêutico na venda. O delegado Paulo Henrique Ferreira disse que se o erro for identificado, a pessoa pode responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O delegado aguarda também o laudo completo do exame cadavérico, que vai dizer a causa da morte e se há ligação com a ingestão do colírio.
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Emanuely Fonseca, mãe do Ravi Lorenzo, disse que filho passou mal após tomar colírio em vez de remédio para enjoo em Formosa, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O colírio "tartarato de brimonidina", que foi vendido para a família do bebê, é contraindicado para menores de 2 anos, segundo a bula do remédio.
A bula diz ainda que o medicamento pode causar efeitos colaterais como dificuldade na respiração, diminuição no batimento cardíaco e coma (veja lista completa abaixo).
“O avô paterno foi a farmácia comprar o remédio, chegou lá com a receita, entregou a receita para ele [atendente] e foi a hora que ocorreu o erro do homem da farmácia. Era um remédio para enjoo e ele acabou dando um colírio”, contou Emanuely Fonseca.
À TV Anhanguera, o Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) disse que não havia erro na receita e a letra do médico estava legível. Luciane Cali, vice-presidente do conselho, disse que um fiscal do conselho vai até à farmácia para apurar se tinha algum farmacêutico no local no momento da venda do remédio.
“Lá está claramente escrito que é uso oral, como você dispensa um colírio para uso oral? É um erro muito grotesco”, disse Luciane.
Além da consideração sobre a receita, Luciane disse que a forma em que os medicamentos estavam expostos chamou atenção.
“Quando você coloca grupos de medicamentos, selecionados de acordo com o mecanismo de ação ou com a patologia que eles servem, acaba gerando uma certa confusão. O importante é que quem está dentro da farmácia conheça sobre o medicamento”, explicou.
A Drogaria Ultra Popular, sediada na cidade de Formosa- GO, através de sua defesa constituída, vem por meio desta informar que, sobre o infeliz fato ocorrido no ultimo dia 04/03/2023, este está sobre devida apuração das autoridades competentes, e, com comprometimento, respeito, lisura e transparência.
A Drogaria Ultra Popular informa que estará, sempre que solicitada, contribuindo para com as investigações, a qual trará os devidos esclarecimentos sobre os fatos em questão. Dessa forma, a Drogaria Ultra Popular, refuta qualquer juízo de valor antecipado e se solidariza com a perda e familiares