Família chora pela perda mas isenta familiar sobre intenção do homicídio
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás concedeu o direito de liberdade provisória após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (22/12), ao suspeito pelo homicídio do próprio irmão, crime ocorrido no último dia 17 de dezembro no Jardim Califórnia em Formosa.
De acordo com a defesa do suspeito, o renomado advogado criminalista Fábio Marques, “A defesa não para”, que assumiu o caso, após da audiência de custódia, afirma que seu cliente nunca teve a intenção de tirar a vida do próprio irmão, ao se ver em risco iminente de perda de consciência após um golpe de ‘mata leão’ ele pegou o objeto mais próximo para se defender, uma tesoura, desferindo golpes no abdômen da vítima. Após conseguir desvencilhar do irmão, imediatamente ligou para sua mãe que acionou socorro médico, infelizmente os ferimentos sofridos pela vítima o levou a óbito.
O suspeito em momento nenhum se ausentou do local e se entregou de forma expontânea aos policiais. O juíz Henrique Santos Magalhães Neubauer, designado para a audiência de custódia acatou o pedido da defesa por entender que o suspeito não oferece nenhum risco à sociedade, concedendo o direito de liberdade provisória ao suspeito desde que cumpra as determinações publicadas na decisão.
O suspeito deverá cumprir obrigatoriamente todos os atos processuais, sob pena de revogação.
I - comparecimento mensal para informar e justificar atividades;
II – proibição de acesso ou frequência a locais como bares, boates, casas de shows e similares, para evitar o risco de novas infrações; e
III – recolhimento noturno e nos dias de folga como feriados e finais de semana. Antes de ser colocado em liberdade, o autuado deverá ficar ciente da obrigação de comparecer a todos os atos do processo, não poderá viajar por mais de oito (08) dias sem prévia autorização judicial e deverá comunicar o novo endereço no caso de fixar residência ou mudança (arts. 327 e 328, CPP).
Familiares do suspeito lamentam profundamente o ocorrido, mas acreditam na versão apresentada pelo ente, pois nunca houve qualquer episódio desta natureza entre os familiares.