Ele foi encontrado em sua residência no município Comendador Levy Gasparian, região serrana
Roberto Jefferson foi preso pela Polícia Federal por ataques à democracia. Caso ocorreu na manhã desta sexta-feira (13). Detenção decorre de um mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) assinado pelo ministro Alexandre de Morais. Advogado de Jefferson é alvo de mandado de busca e apreensão. Investigação da mencionada corporação encontrou indícios de que político compõe milícia digital com intuito de desestabilizar o STF e, assim, o Estado Democrático de Direito.
Segundo a Polícia Federal (PF), ele foi encontrado em sua residência no município Comendador Levy Gasparian, que fica na região serrada do estado carioca. A PF também cumpre mandados de busca e apreensão de armas, tablets, celulares e dispositivos eletrônicos. No mandado de prisão, o ex-deputado é acusado de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, denúncia caluniosa, associação criminosa e racismo. Ele também é suspeito e violar à Lei de Segurança Nacional.
Por causa disso, o ministro determinou o bloqueio de conteúdos postados pro Jefferson nas redes sociais, além da apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.
O ex-deputado chegou a fazer uma postagem nas redes sociais para dizer que a PF chegou a fazer buscas na casa de parentes pela manhã. “A Polícia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu.
O ministro Alexandre de Morais determinou, no mês passado, a abertura de inquérito para investigar o funcionamento e organização de uma milícia digital. Dessa forma, a PF apura indícios e provas de que uma organização criminosa estaria disseminando informações para atentar contra o Estado democrático de direto.
De acordo com o ministro, a organização criminosa seria dividido em núcleos: produção, publicação, financiamento e político. Também é investigado se o grupo teria sido abastecido com verba pública.
O ex-deputado também já foi pivô do mensalão, deflagrado em 2005, no governo Lula. Tudo começou com uma entrevista dele ao jornal Folha de São Paulo, onde ficou revelado que Luiz Inácio Lula da Silva repassava dinheiro a deputados da base.
Sete anos depois, Roberto Jefferson foi julgado pelo STF e condenado por lavagem de dinheiro e corrupção. A pena do ex-deputado ficou estipulada em sete anos e 14 dias de prisão. Nos últimos anos, Jefferson, que estava sem mandato de parlamentar, se aproximou do presidente Jair Bolsonaro e passou a postar fotos de armas, que é uma das principais pautas do presidente.