Parte do dinheiro foi utilizada para o pagamento da cirurgia cesárea do filho de um dos vereadores
A Polícia Civil de Goiás (PC), por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Goiatuba, divulgou na tarde desta quarta-feira (30\12), que após seis meses de investigação, indiciou três vereadores do município de Goiatuba por terem supostamente desviado cerca 250 mil reais dos cofres públicos, por meio do esquema conhecido como “rachadinha”.
A investigação policial apurou que o grupo atuou de forma ordenada, entre os anos de 2017 a 2020, período em que foram desviados aproximadamente R$ 250 mil da Câmara dos Vereadores de Goiatuba, somente por meio de um dos funcionários indicados pelo vereador.
Parte desse montante foi utilizada, até mesmo, para o pagamento da cirurgia cesárea do filho de um dos vereadores, outra parte foi direcionada à aquisição de um imóvel na cidade. De acordo o delegado responsável, Patrick Carniel a outra parte do dinheiro foi depositado na conta de uma amigo” valor foi depositado na conta de um amigo de um dos vereadores e o restante foi sacado na boca do caixa por servidores que trabalhavam para o vereador investigado” informou.
O esquema consistia na indicação de particulares para trabalharem na Câmara dos Vereadores de Goiatuba. Essas pessoas ocupavam cargos em comissão do primeiro, segundo e terceiro escalão. A Polícia Civil constatou, entretanto, que tais servidores jamais desempenharam as atividades remuneradas e que seus salários eram destinados, parcial ou integralmente, para o vereador que as indicou para o cargo comissionado.
Somados os valores dos outros funcionários indicados pelo vereador investigado, que não realizaram a função para a qual foram nomeados, os valores chegam a R$ 450 mil.
Os desvios de verba pública somente foram possíveis porque houve ajuda de outros dois vereadores que exerciam funções de controle e chefia dentro da Casa Legislativa, os dois também serão responsabilizados pelos crimes apurados de acordo com a PC.
Além dos políticos mencionados, foram também indiciados cinco particulares envolvidos no esquema fraudulento, pela prática de rachadinha, cujas penas máximas somadas superam 12 anos de prisão. O inquérito policial concluído hoje (30) pela Polícia Civil será encaminhado ao Poder Judiciário.