Além dos crimes de tráfico e lavagem de dinheiro, as investigações apuram também a prática de associação criminosa e comércio ilegal de arma de fogo
A Polícia Civil de Goiás deflagrou, nesta quinta-feira (17), uma operação com o cumprimento de nove mandados de prisão e 21 de busca e apreensão no combate a uma rede de tráfico de drogas interestadual e lavagem de dinheiro, na região da Chapada dos Veadeiros. O esquema era integrado por um líder maior e outros menores. Boa parte deles, membros da mesma família.
A Operação Cavalo de Troia mobilizou quase 100 policiais. Os mandados foram cumpridos nos municípios de Alto Paraíso, Cavalcante, São João D’Aliança, Sobradinho, Vila Boa, Cidade Ocidental e Brasília (DF). Além dos crimes de tráfico e lavagem de dinheiro, as investigações apuram também a prática de associação criminosa e comércio ilegal de arma de fogo.
A delegada Bárbara Buttini revelou que as investigações ocorriam já há um ano e dois meses, devido ao sistema intrincado no qual os crimes eram praticados.
Veja o vídeo sobre a operação:
Vídeo disponibilizado pelo Delegado Danilo Meneses.
“Eles atuavam de várias maneiras. Tinha o líder geral e esse líder tinha diversos líderes menores. Ele nem chegava a tocar na droga, só comandava. Por isso demorou pra conseguir a investigação, porque nenhuma droga passava pela mão dele”, detalhou a delegada.
Os traficantes menores comandados pelo líder também agiam de diferentes formas. “Um era mototáxi, o outro vendia em casa. Eles não tinham um modus operandi unânime”.
Em família
Ainda segundo a Bárbara Buttini, praticamente todos os envolvidos fazem parte da mesma família. A delegada conta que as irmãs do líder eram as principais laranjas e eram usadas como destinatárias de depósitos e registro de automóveis.
Apesar da maioria estar fixada em Alto Paraíso, os suspeitos tinham uma grande rede de distribuição para outros municípios e movimentavam altas quantias em dinheiro, que seriam provenientes do tráfico e também da venda de armas de fogo.
“Em três meses, um dos traficantes menores movimentou para o líder cerca de R$ 100 mil”, informou.
Além dos nove presos, outros cinco estão foragidos. A Polícia Civil também bloqueou 14 contas bancárias.