Penas somadas chegam 114 anos de prisão. Vítima deu entrada em um hospital de Russas com várias lesões pelo corpo e não resistiu aos ferimentos
O pai e a madrasta de uma menina de três anos que morreu em um hospital de Russas, no interior do Ceará, após dar entrada na unidade com várias lesões pelo corpo, foram condenados nesta terça-feira (7), em um julgamento realizado no fórum da cidade. A pena do casal somadas chegam a 114 anos de prisão.
Nemézio Correia Galvão Neto, 29 anos, pai da criança; e a companheira dele, Eduarda Ferreira Luiz, 28 anos, foram condenados a, respectivamente, 69 e 45 anos de prisão pelo estupro e assassinato da criança.
O crime aconteceu em julho de 2020. A vítima foi levada ao hospital pelo próprio pai e a companheira dele, que tinham a guarda da menina.
Conforme a denúncia do promotor de Justiça Luiz Dionísio de Melo Junior, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Russas, a criança foi assassinada mediante espancamento praticado pelo casal. Após agressões, os denunciados levaram a vítima a um hospital, onde ela morreu.
Segundo o MPCE, o laudo cadavérico indicou "claros sinais de tortura e crueldade" e apontou que a morte decorreu de politraumatismo, ou seja, o casal espancou a vítima até a morte.
O casal chegou a fugir do hospital depois da morte da menina. Nemézio e Eduarda foram capturados no município de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte. À época, eles se apresentaram em uma delegacia e afirmaram que a criança teria sofrido uma queda de moto, versão contestada pelo resultado dos exames.