Coronel da PM e suposto chefe do jogo do bicho na região, são acusados de improbidade administrativa
Deflagrada na manhã de hoje (10/07), em Formosa/GO, na região nordeste, a operação ARCA DE NOÉ, que teve como objetivo o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz da Vara de Fazendas Públicas Rodrigo Foreaux.
Investigações desenvolvidas pelo Ministério Público, por meio da 5º Promotoria de Justiça (Controle Externo da Atividade Policial), apontaram a prática de atos de improbidade administrativa por parte do Coronel Comandante do 11º CRPM, L.A.R, consistente no uso indevido e ilegal da estrutura da polícia militar sob seu comando (viaturas, policiais) para benefício pessoal e econômico particular.
Em ao menos um dos fatos apurados, o militar, valendo-se de sua condição de oficial, solicitou de fazendeiro da região mais de 3 toneladas de insumos para alimentação de gado, o qual foi transportado do município de São João da Aliança até Formosa com escolta de viatura da polícia militar e posteriormente até sua fazenda. Para a prática da improbidade administrativa o investigado contou ainda com o auxílio de um suposto contraventor que chefia uma das bancas (GATO PRETO) do jogo do bicho na região, L.J.C, com o qual mantêm negócios.
Os mandados de busca foram cumpridos na residência e chácara do contraventor, onde as equipes apreenderam documentos, computadores e duas armas de fogo. Pela posse ilegal de arma de fogo o investigado foi preso em flagrante delito e conduzido à delegacia de polícia. Simultaneamente foram “estouradas” oito bancas de jogo do bicho com apreensão de farto material da jogatina.
A operação é coordenada pelo promotor Douglas Chegury e Delegado José Antônio Sena. Contou com o apoio do CI/MPGO (Centro de Inteligência) e do grupo de operações especiais da polícia civil GT3. Caso sejam condenados pela prática de improbidade administrativa, os envolvidos estão sujeitos a perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa.
As investigações terão prosseguimento para identificar outros envolvidos no esquema.
Com informações do MPGO