A criança estava intubada, no Hospital João XXIII, depois de ser transferida de Caratinga para Belo Horizonte. Ela foi torturada pelo pai, no domingo
A Prefeitura de Caratinga informou no fim da tarde desta segunda-feira (28/6) a morte do garoto de 6 anos, que foi espancado pelo pai, um homem de 26 anos, que deu socos na criança porque ela não conseguia resolver uma tarefa da escola, o chamado “dever de casa”.
A criança estava intubada na UTI pediátrica do Hospital João XXIII em Belo Horizonte, para onde foi transferida na madrugada desta segunda-feira.
Os primeiros atendimentos foram prestados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caratinga, quando a equipe médica denunciou à polícia a agressão sofrida pelo garoto.
O crime aconteceu na manhã de domingo. O pai estava orientando o filho a resolver as tarefas da escola. Como a criança errava sempre, por não entender as questões, nem as orientações que recebia, o pai ficou muito irritado.
Segundo apurou a Polícia Militar, o pai agrediu o filho com socos no rosto e na cabeça. E consumou a agressão com uma rasteira, derrubando a criança, que ao cair bateu a cabeça na quina de um móvel, ficando inconsciente por alguns momentos.
Depois, ela começou a se contorcer, por causa de uma convulsão severa. O pai entrou em desespero e tentou desenrolar a língua do filho, sem sucesso. A última tentativa de salvar o garoto foi um banho frio. Também não deu certo.
O pai, então, levou a criança para a UPA.
Ao chegar à UPA, a equipe médica estranhou os sinais de violência física que estavam no corpo da criança, além de achar estanho o estado de embriaguez do pai do garoto.
A polícia foi chamada e, numa investigação rápida, desvendou toda a ação do pai, por meio de confissão detalhada feita por ele. O homem, que tinha passagem pela polícia por homicídio, foi preso.
À tarde, antes da divulgação da morte do garoto, a Polícia Civil divulgou que o homem havia sido autuado pelo crime de tortura qualificada.
Na delegacia, ele confessou as agressões e disse que estava bêbado quando socou o filho.
O inquérito policial continua em andamento.