Acusada poderá passar por avaliação de sanidade
A tragédia chocou moradores de Barbacena, na região Central de Minas. Uma mãe, 35, é suspeita de assassinar a própria filha, de um ano e dois meses, a facadas na noite do dia (12/07). Segundo a Polícia Militar, a mulher golpeou pescoço e cabeça da filha de 20 a 21 vezes.
No boletim de ocorrência, a avó da criança relatou que foi a até a casa da filha para rever a neta. Após perceber que a mãe da criança estava demorando a atender, quando viu pela janela que a mulher estava carregando a menina no colo e levando para a cozinha.
Ao entrar na casa, a avó foi até a cozinha e viu a neta ferida e caída no chão. Assustada, pegou a menina no colo, colocou sobre a cama e saiu pelas ruas gritando pedindo ajuda. Neste momento a mãe da criança fugiu de casa. O Samu chegou a ser acionado, mas a criança não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
A perícia da Polícia Civil fez os trabalhos iniciais e constatou que a criança foi golpeada de 20 a 21 vezes no rosto e pescoço. A arma do crime não foi encontrada e o corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal).
Enquanto os policiais estavam na casa da família, a autora do crime ligou para o celular da mãe e um militar conversou com ela. Segundo o boletim, a mãe estava desorientada e apenas dizia que uma coisa horrível havia acontecido na casa, mas que ela não se lembrava com clareza.
Os militares encontraram a suspeita em um bairro próximo e ela foi presa. A suspeita afirmou que teve um surto na cozinha com a filha no colo, e só se lembra de estar vagando pela rua, à Polícia Civil informou que as investigações sobre o caso serão concluídas em breve e que a mulher foi encaminhada ao Sistema Prisional.
Foram iniciadas as investigações para apurar a motivação e circunstâncias da morte de uma menina, Segundo a delegada regional da Polícia Civil de Barbacena, Flávia Mara Camargo Murta, para a polícia a mulher disse que havia surtado. No entanto, serão reunidas provas para validar a afirmativa da mulher. “Vamos recolher das famílias provas contundentes; laudos médicos, atestados, vamos chamar o médico que acompanha a mulher para depor. Caso mais provas precisem ser reunidas, será solicitado um pedido de incidente de insanidade mental, em que um médico forense vai analisar a imputabilidade penal da mulher, o que demora um período, já que é necessária uma avaliação minuciosa”, detalhou.
Ainda conforme a delegada, sete testemunhas já foram ouvidas, entre elas parentes e vizinhos que presenciaram a movimentação da mulher no dia e local do crime. “Mais pessoas serão ouvidas no decorrer da semana. Vamos aguardar o laudo pericial e o resultado da necropsia do corpo da criança. Temos 10 dias para finalizar o inquérito, que poderá ser estendido, mas faremos o possível para cumprir esse prazo”, disse.
Na finalização do inquérito se for confirmado que a mulher sofre de problemas mentais, ela poderá cumprir pena em um manicômio judiciário.
“Se for confirmado que a mulher estava fora de suas capacidades de consciência, será expedida uma medida de segurança, para que ela responda pelo crime no manicômio judiciário de Barbacena”, pontuou a delegada.
“Sobre o caso da mãe que matou a filha em Barbacena, foi instaurado inquérito policial que será concluído nos próximos dias. A mulher foi presa e encaminhada ao Sistema Prisional. As motivações ou maiores detalhes sobre o caso, somente após a conclusão das investigações”.