Previsão é de que ao menos 15 profissionais que trabalham na UTI onde a estudante ficou internada sejam ouvidos. PC trabalha para saber se houve erro da unidade com relação à morte da jovem
Uma força-tarefa foi criada nesta terça-feira (11) para apurar o que causou a morte da estudante de arquitetura Susy Nogueira, abusada na UTI do Hospital Goiânia Leste (HGL), em Goiânia. Agora, três delegados serão responsáveis pelas investigações. Previsão é de ouvir ao menos 15 profissionais que trabalham na Unidade de Terapia Intensiva, terceirizada pelo hospital à empresa Supreme Care. A Polícia Civil (PC) também trabalha para saber se houve erro da unidade com relação à morte da jovem.
O titular da 9ª Delegacia de Polícia (DP) e responsável pelo caso desde o início das investigações, Washington da Conceição, tem agora o apoio dos delegados André Botesini e Emilia Podestá na apuração. Para Washington, os profissionais vão auxiliar nas perícias. “A investigação já havia sido iniciada e já tem um norte. Os delegados que chegam vão nos auxiliar neste processo e vão atuar principalmente em questões de análises dos resultados das perícias”, contou.
O reforço na equipe de investigação ocorre uma semana após o encontro do pai da vítima com o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, e um diretor da PC. Na ocasião, o homem pediu mais agilidade na apuração da causa da morte da estudante. A informação foi repassada pelo advogado da família, Darlan Alves Ferreira.
Investigação
Conforme expõe o delegado Washington, a investigação continua “a todo vapor”. Ao todo, 11 pessoas que trabalham no Hospital Goiânia Leste já foram ouvidas. Outras 15, já mencionadas e que atuam especificamente na UTI da unidade, devem prestar depoimento nos próximos dias. “Estamos aguardando a relação dos funcionários que estavam trabalhando no dia em que a vítima foi abusada para convocá-los para depor”, disse. O principal suspeito, o técnico em enfermagem Ildson Custódio Bastos, será o último a ser ouvido. O homem continua preso.
Ainda de acordo com o responsável pelas apurações, os pais da jovem foram até a delegacia regional na manhã desta terça-feira (11) e prestaram depoimento. Os relatos, segundo Washington, foram os mesmos do início da investigação. “Eles estavam muito emocionados e choraram bastante. Falaram como a jovem era uma menina boa e contaram desde o momento em que a filha passou mal na faculdade até o dia da morte dela. Eles voltaram a afirmar que só tiveram conhecimento dos abusos durante o velório”, disse.
O inquérito policial sobre a apuração do abuso sexual já foi concluído. Segundo a polícia, Ildson foi indiciado depois de ter sido flagrado por uma câmera de monitoramento do hospital enquanto supostamente cometia o crime.
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