Durante reunião com o prefeito Gustavo Marques e Deputado Federal José Nelto, o atual presidente da autarquia garantiu que os recursos serão repassados ainda em 2021
O Prefeito Gustavo Marques, juntamente com o Deputado Federal José Nelto, estiveram reunidos com o presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) Marcelo Lopes da Ponte, na manhã desta quarta-feira (18/08), para tratar sobre a retomada das obras de construções e reformas de creches em Formosa.
Durante a reunião, o presidente da autarquia, garantiu ao chefe do executivo, que todos os recursos necessários para a inauguração das creches de Formosa que estavam paradas estão plenamente assegurados, e serão repassados até o fim deste ano.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é o órgão responsável pela execução da maioria das ações e programas da Educação Básica do nosso País, como a alimentação e o transporte escolar, além de atuar também na Educação Profissional e Tecnológica e no Ensino Superior. “O fundo tem uma força muito grande porque executa tudo o que o Ministério da Educação (MEC) precisa. Ele coloca os programas em prática”, afirmou Daniel Balaban, ex-presidente do FNDE.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Isso quer dizer que ele é uma entidade pública, fiscalizada pelo Estado, mas que possui autonomia para sua gestão.
O FNDE é responsável por executar parte das ações do MEC relacionadas à Educação Básica, prestando auxílio financeiro e técnico aos municípios e executando ações que contribuam para uma Educação de qualidade.
Ele tem como finalidade captar recursos financeiros e canalizá-los para o financiamento de projetos de ensino e pesquisa, de acordo com as diretrizes do planejamento nacional da Educação. A execução de alguns projetos relacionados à Educação Superior e ao Ensino Técnico também é de responsabilidade do FNDE.
O FNDE foi surgindo aos poucos, com a fusão de vários órgãos do governo, e existe há mais de 40 anos. Foi criado, oficialmente, pela lei nº 5.537, de 21 de novembro de 1968.
Ele surgiu para ser um órgão de execução de políticas públicas. A função das secretarias do MEC é pensar as políticas educacionais, já a do FNDE é executá-las.
O papel das secretarias do MEC é cuidar do conteúdo e da avaliação das ações, e o trabalho do FNDE é executá-las. O órgão trabalha, portanto, em parceria com alguma secretaria. “Cada uma tem uma linha de ação e o FNDE é o executor”, explicou Balaban. Além disso, a equipe do FNDE também trabalha diretamente com os municípios, avaliando os pedidos de recursos que são feitos.
O FNDE é responsável por ações que vão desde projetos de melhoria da infraestrutura das escolas à execução de políticas públicas. Entre os programas estão:
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): o maior programa de alimentação escolar do mundo! Ele garante que as escolas recebem 10 parcelas anuais de recursos que devem ser aplicadas na nutrição saudável dos estudantes, com parte dos produtos comprados de agricultores locais;
Salário-Educação: recursos arrecadados por meio da contribuição à Previdência Social que são distribuídos pelo FNDE para que as escolas possam investir em ações como a construção de quadras escolares;
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE): outra ação que distribui recursos sem os quais a escola não funcionaria, o PDDE garante compra de materiais e equipamentos permanentes e reparos na infraestrutura das escolas, como pagar o conserto de uma pane elétrica;
Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate): essa iniciativa garante que estados e municípios recebam verbas para custear despesas com transporte em regiões rurais, como trocar pneus furados ou consertar assentos;
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e Programa Nacional da Biblioteca da Escola (PNBE): ambos destinados a fazer com que os livros didáticos e literários, respectivamente, cheguem às escolas do Brasil. Sem tais iniciativas, a Educação dos brasileirinhos mais pobres estaria comprometida;
Proinfância: Esse programa também está relacionado a recursos, mas dessa vez às creches. O dinheiro deve apoiar os municípios e do Distrito Federal na construção e compra de mobiliário e equipamentos para essas unidades escolares fundamentais para o desenvolvimento infantil.
Além de realizar esses programas, o FNDE também é responsável por repassar o Fundeb aos estados.
Sim. São realizadas apenas ações para a rede pública de ensino e para as escolas que mantêm convênios com as prefeituras.
Os recursos vêm de várias fontes, como dos impostos das loterias e, principalmente, do salário-educação, um tributo de 2,5% descontado da folha de pagamento das empresas.
Existem três tipos de repasse de recursos: as transferências diretas, as transferências voluntárias e a execução direta, que é a transferência do produto e não do dinheiro, como nos programas do Programa Nacional do Livro Didático e do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo).
As transferências diretas, também chamadas de legais ou constitucionais, são os repasses determinados por lei ou pela Constituição. Para recebê-las, o município não precisa pedir, e é responsabilidade do FNDE repassá-las automaticamente todos os meses. O Fundeb e os repasses para a merenda escolar são exemplos de transferências diretas.
As transferências voluntárias são aquelas feitas por convênios, em que os municípios têm que assinar um acordo com o FNDE para receber os repasses. O programa Caminhos da Escola, o Plano de Ações Articuladas (PAR) e os projetos de construção de escolas e creches são exemplos dessa modalidade.
Além das transferências, o fundo também disponibiliza para os gestores a possibilidade de adquirir materiais, como o mobiliário e o uniforme escolar, com preço mais barato do que no mercado e qualidade garantida pelo Inmetro. No site do FNDE, na página de registros de preços é possível encomendar os itens, que ficam barateados pelo forte poder de negociação da entidade.
A Controladoria Geral da União (CGU) deve acompanhar o que é feito pelo FNDE. Além disso, todos os anos, as contas da entidade são analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O cidadão pode acompanhar as transações por meio da Câmara Municipal e dos conselhos do Fundeb e da Alimentação Escolar (CAE), pois o FNDE envia para esses órgãos um relatório com a descrição de todos os recursos repassados aos municípios. Essas informações são divulgadas no site da instituição e pela Central de Atendimento ao Cidadão (0800 616161).
O FNDE conta com uma presidência; os órgãos seccionais como a Procuradoria Federal, Auditoria Interna, Diretoria de Administração e Tecnologia e Diretoria Financeira; os órgãos específicos singulares, como a Diretoria de Ações Educacionais, a Diretoria de Programas e Projetos Educacionais, Diretoria de Assistência a Programas Especiais; e um Conselho Deliberativo, órgão colegiado presidido pelo Ministro da Educação.
Ele é nomeado pelo Presidente da República, por indicação do Ministro da Educação. O atual presidente é Sílvio Pinheiro, que atuou anteriormente como secretário municipal de Urbanismo de Salvador, Bahia.
Por seus projetos terem uma abrangência muito grande, a equipe do FNDE é composta por profissionais de diversas áreas, como, por exemplo, engenheiros, arquitetos, nutricionistas e administradores.
Com informações: Prefeitura Municipal de Formosa e Todos pela Educação.