Fabricante de cervejas holandesa informou que volumes de vendas globais da companhia cresceram 4,1% no 4º trimestre, com os aumentos mais fortes no Brasil, Vietnã e Camboja.
    O Brasil se tornou o maior mercado da marca de cerveja Heineken, segundo divulgou nesta quarta-feira (12) a empresa. A fabricante de bebidas holandesa reportou um crescimento de 4,1% no volume de vendas globais no 4º trimestre, com os aumentos mais fortes no Brasil, Vietnã e Camboja.
    "O Brasil é agora o maior mercado mundial da Heineken e, com a adição do Reino Unido e da Nigéria, agora 12 mercados vendem mais de 1 milhão de hectolitros da marca", informou a empresa em comunicado, ao reportar números do último trimestre de 2019.
    Segundo a companhia, considerando somente a marca Heineken, o crescimento do volume de vendas nos 3 últimos meses do ano chegou a 12%, acumulando uma alta de 8,3% em 2019.
    "A marca cresceu em todas as regiões com crescimento de dois dígitos em mais de 40 mercados, incluindo Brasil, México, África do Sul, Nigéria, Reino Unido, Romênia e Alemanha", informou a empresa em seu balanço. A maior alta regional foi nas Américas, com avanço de 16,2%.
    A Heineken, segunda maior cervejaria do mundo, registrou um crescimento de 13% no lucro líquido em 2019, na comparação com o ano anterior, para 2,16 bilhões de euros.
Além da cerveja Heineken, a companhia destacou o "forte crescimento" das vendas da marca Amstel no Brasil e em países como México, Rússia, África do Sul e Reino Unido.
    A Heineken adquiriu as operações deficitárias brasileiras da japonesa Kirin em 2017, se tornando desde então a segunda maior cervejaria do país, atrás da Ambev.
    O portfólio de cervejas do grupo no Brasil inclui também as marcas Sol, Kaiser, Bavaria, Eisenbahn, Baden Baden, Devassa, Schin, Glacial, No Grau e Kirin Ichiban, além da Água Schin, Schin Tônica, Skinka e os refrigerantes Itubaína, Viva Schin e FYs.
    A Heineken prevê que os custos mais baixos de cevada e alumínio ajudarão a aumentar os lucros este ano, quando seu presidente-executivo deixará o cargo, segundo a agência Reuters.
    As ações da companhia disparavam mais de 6% no pregão desta quarta-feira, com investidores repercutindo positivamente sólidos resultados do quarto trimestre.
    A empresa disse que as receitas devem subir este ano com volumes mais altos, preços e consumidores mudando para cervejas mais caras.
    Juntamente com um aumento mais moderado nos custos de insumos, a empresa deve registrar um aumento percentual de um dígito médio no lucro operacional em 2020, estimou, acrescentando ser muito cedo para avaliar o impacto do surto de coronavírus em seus negócios.
    "Somos cautelosos, estamos apenas analisando a situação, mas com certeza não é paralisante, seria uma palavra muito forte, mas terá algumas consequências", afirmou o presidente-executivo de saída, Jean-François van Boxmeer, em uma teleconferência.
    Van Boxmeer, belga e presidente-executivo desde 2005, deve deixar o cargo em 1º de junho, um ano antes do esperado. Ele será sucedido pelo chefe das operações asiáticas, o holandês Dolf van den Brink, disse a Heineken na terça-feira.