A Polícia Civil irá averiguar todos os detalhes que cercaram a produção do vídeo. Será esclarecido se as armas são, de fato, reais, e em quais circunstâncias elas estavam sendo usadas
Um grupo de homens armados com fuzis e escopetas bloqueou o trânsito na avenida Samdu Norte, em Taguatinga (DF), para que uma mulher trajando um vestido vermelho cruzasse a via.Vídeos e fotos da movimentação foram registradas e flagraram o momento quando pelo menos sete homens impediram a passagem dos veículos para que a “dama de vermelho” atravessasse a rua.
A reportagem, ouviu policiais civis que analisaram as imagens e apontaram que as armas seriam reais, diferentes das réplicas de airsoft, que precisam ter ponteiras coloridas usadas para confirmar que não são armamentos de fogo.Os homens que aparecem nas imagens teriam registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC).
Próximo do local onde foi feito o bloqueio da rua, existe um clube de tiro, mas não há informação se a iniciativa tem alguma ligação com o estande. “O fato é que nessas imagens há, pelo menos, o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, punido com reclusão de três a seis anos”, disse um delegado ouvido pela coluna.
A mulher que atravessou a Avenida Samdu Norte, em Taguatinga, escoltada por um grupo de sete homens armados nessa terça-feira (22/2), se chama Dilma Lane Barbosa.
A “dama de vermelho” 💃, como ficou conhecida em função da cor do seu vestido, é consultora de vendas, moradora de Ceilândia e praticante de tiro esportivo.O caso foi revelado pelo Metrópoles. Durante a tarde, Dilma compartilhou nas redes sociais fotos com amigos.
“Ontem (22/02), foi o dia da prévia do casamento no estande do casal”, comemorou um internauta, dando a entender que ela é noiva do proprietário de um estande de tiros. No seu perfil no Instagram, a “dama de vermelho” tem fotos segurando diversas armas e vídeos com fuzis e pistolas.No fim da noite dessa terça, a mulher havia apagado o perfil na rede social.
A reportagem tentou contato com Dilma Lane Barbosa pelas redes sociais, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações futuras.
O delegado geral da Polícial Civil do DF, Robson Cândido, determinou que se investigue o caso. Para o chefe da PCDF, as imagens chamam a atenção e merecem ser apuradas. “A Polícia Civil irá averiguar todos os detalhes que cercaram a produção do vídeo. Será esclarecido se as armas são, de fato, reais, e em quais circunstâncias elas estavam sendo usadas.”
Veja o vídeo: