Paciente foi vítima de descarga elétrica durante o trabalho, perdeu parte do braço e passou por mais de 20 procedimentos em hospital na região metropolitana de Belém
Daniel Alves, de 32 anos, recebeu alta após ficar 431 dias internado. Ele sofreu um choque que deixou 70% do corpo com queimaduras de 2º e 3º graus e chegou a perder parte do braço na descarga elétrica, Após passar por mais de 20 procedimentos durante a internação, Daniel deixou na quarta-feira (15) o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, região metropolitana de Belém.
“Não preciso dizer muito, apenas que estou muito feliz de poder voltar pra casa depois desse longo período de tratamento”, afirmou o paciente.
O paciente é natural de Macapá, no Amapá, e deu entrada no hospital em 11 de julho de 2020. O acidente ocorreu enquanto ele trabalhava. Após a descarga elétrica de alta intensidade, o homem caiu de uma altura de quatro metros.
Ele foi levado em estado grave para uma unidade de saúde de Macapá e, de lá, foi transferido para o Hospital Metropolitano, no Pará, onde há o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), referência neste tipo de atendimento na região norte.
“Ao analisar o estado de saúde do paciente, sabíamos que seria uma longa batalha, com prolongado tempo de internação. Mas ele, com o apoio de toda a equipe, superou nossas expectativas, e hoje retornou para sua casa”, disse o médico do CTQ, Sandro Oliveira.
O Hospital Metropolitano informou que o paciente já chegou na unidade com o braço amputado. Eles explicam que em caso de acidentes dessa natureza, a eletricidade entra por um local do corpo e sai por outra extremidade. No caso de Daniel, o membro atingido foi o braço esquerdo.
Segundo os profissionais que acompanharam o caso durante os 14 meses de internação do paciente, Daniel precisou passar por inúmeros procedimentos, muitos deles com enxertos. O tratamento envolveu diversas especialidades, como terapia intensiva, oftalmologia, cirurgia geral, ortopedia e traumatologia, infectologia, nutrologia e cirurgia plástica.
Após tanto tempo convivendo com a rotina do hospital, paciente e profissionais estabeleceram uma relação para além do tratamento médico. Na tão esperada volta pra casa, Daniel se despediu com aplausos e homenagens da equipe que o acolheu.
O paciente recebeu uma carta com mensagens de esperança, assinada por todos os profissionais que o ajudaram a lutar pela vida.