Um tema bastante discutido perante o Sistema OAB é o apoio à Advocacia Jovem, que necessita de um amparo, assim como todas as profissões, no início de carreira.
Efetivamente, pouco se tem feito para dar o apoio aqueles que se inserem no mercado da Advocacia, disponibilizando normalmente somente cursos de formação, além dos descontos tão necessário na anuidade.
A pouco tempo ouvi de um colega já veterano que o momento é de deles, que o jovem advogado tem que aguardar sua hora chegar, argumentando sobre a possibilidade de o iniciante participar do pleito eleitoral do Sistema OAB.
Ora, quem mais do que o próprio iniciante terá a capacidade de buscar e apresentar propostas e coloca-las em práticas do quem realmente passa pelas dificuldades? Sabemos que vivemos hoje em um mundo dinâmico e acelerado, em que uma notícia sai no Japão e em 2 segundos já aparece no Brasil, imagina a realmente de dificuldades enfrentadas no início de carreira.
O Advogado veterano de hoje enfrentou dificuldades que hoje pode (e provavelmente não são) as mesmas que a advocacia iniciantes enfrenta atualmente.
A diminuição da chamada Clausula de barreira, diminuindo para 3 (três) anos o tempo de advocacia para que se possa participar do pleito é um avanço a ser citado, sendo possível que a jovem advocacia seja representada por ela mesma nas eleições do Sistema OAB.
É o mesmo sentido, no que concerne a mulher advogada.
Nós, homens, apesar de ter noção, não passamos pelas mesmas dificuldades que a mulher advogada enfrenta no seu dia a dia, sendo que muito já se evoluiu nesta área e há muito a ser conquistado.
Ao olharmos para nossa estimada OAB/GO e verificar que nunca uma mulher advogada teve a oportunidade de ser ao menos candidata a Presidência, demonstra mais explicitamente que estamos ainda muito longe de ter uma OAB mais representativa e inclusiva.
João Marcelo Hamú Opa
Advogado militante da Região de Formosa.
Procurador Jurídico da Câmara Municipal de Formosa (GO)