Em funcionamento desde 2019, a unidade é capaz de gerar biogás para 7 botijões de 13 kg, em um processo totalmente autossustentável
Jesiel Campos, geógrafo e coordenador do Instituto Transformar explica o funcionamento do biodigestor, para primeira dama do estado Gracinha Caiado - Foto: Elias Lopes
O primeiro biodigestor do nordeste goiano, é uma adaptação de um “quase formosense”, apesar de ter nascido em Brasília-DF, Jesiel Campos, geógrafo especializado em gestão ambiental fixou residência no município há 16 anos, onde coordena o Instituto Transformar, responsável pela criação de vários projetos de agricultura familiar em vários estados do Brasil.
O biodigestor é um equipamento fechado, utilizado para acelerar o processo de decomposição de matéria orgânica, esse processo é chamado de biodigestão anaeróbica (ausência de oxigênio). O objetivo do biodigestor é o reaproveitamento de detritos orgânicos e como resultado da decomposição desses resíduos temos biogás e biofertilizante.
A unidade piloto do biodigestor, pensado economicamente para agricultura familiar, é adaptação do geógrafo, e está em pleno funcionamento em uma chácara situada no assentamento Itaúna em Planaltina-GO. O biodigestor foi inaugurado em 2019, durante a visita da primeira-dama do estado de Goiás, Gracinha Caiado, durante o lançamento do projeto “Agro é Social”, lançado pelo governo do estado. Na ocasião, também foi apresentado para primeira dama, a casa de farinha móvel, outra criação do geógrafo.
A unidade instalada no assentamento, utiliza tecnologia chinesa e é capaz de produzir gás-metano para até 7 botijões de 13kg. Toda biomassa produzida pelo biodigestor ainda serve como adubo, num processo totalmente autossustentável.
Segundo Jesiel Campos, o custo médio para fabricação do biodigestor está em torno de R$ 6 a R$ 7 mil reais.
Geógrafo, especialista em gestão ambiental, filho de um piauiense com uma goiana, neto quilombolas, coordenador de projetos há 15 anos com foco em estruturação de cadeia produtivas, com atuação em várias localidades do Brasil, há 8 anos na organização da cadeia produtiva do caju, foi responsável pela organização de processos e modernização da corte de castanha de caju com inovação tecnológica e preocupação de rede empreendimentos e central de comercialização de produtos da agricultura familiar, desenvolveu projetos no Rio de Janeiro/RJ, Recife/PE Brasília.
Em seu retorno para Formosa colocou em prática um dos mais inovadores projetos iniciado em 2006, a casa de farinha móvel, com apoio da Fundação Banco do Brasil, implantou nas cidade de Planaltina-GO e Vila Boa-GO as duas primeiras unidades, ajudando a organizar o #APL (Arranjo Produtivo Local da Mandiocultura da RIDE e Nordeste Goiano) reunindo diversos parceiros na organização da governança do #APL, com prefeituras, governo do estado, associações e cooperativas de agricultores familiares de todos região.
Em 2019 a casa de farinha móvel foi sucesso de público no Agrobrasília, em agosto do mesmo ano foi certificada como tecnologia social pelos impactos positivos e nova metodologia de processo inovadores ao homem do campo.
Em novembro de 2019, Jesiel Campos foi condecorado pela Assembleia legislativa do Estado de Goiás com a medalha Pedro Ludovico Teixeira pelos relevantes serviços prestados à agricultura familiar em especial pelo projeto inovador casa de farinha móvel.
Ainda em 2019 implantou o primeiro biodigestor selado em Natalândia-MG, a unidade é capaz de gerar biogás para cozimento de alimentos para até 400 alunos por dia.
O último projeto em desenvolvimento pelo geógrafo é um conjunto de equipamentos para processamento da castanha de baru, capaz de revolucionar o processo de beneficiamento do fruto, consistindo em aproveitar o fruto de forma integral com tecnologia de extração da polpa, classificação e quebradeira de forma automática, a amêndoa do baru é rico em ômega 3,6 e 9, também é rica em zinco e outros minerais, considerado pelos especialistas de alimentação com um super alimento.
A For Up 92 Canal de TV Web da Rádio 92 FM, em seu quadro “Gente que Faz” realizou uma entrevista com o geógrafo, confira:
Charles dias de sousa
Boa noite, meu nome é Charles sou nascido e criado em Formosa.Fiz um biodigestor indiano no município de Formosa na estrada municipal km12 , através de uma castilha e um vídeo. Que foi inaugurado dia 24/07/19. Agora vou dar asistência técnica totalmente de graça pra meus vizinhos poderem construir o deles, estamos esperando os materiais chegarem pra gente começar o segundo e assim por diante. E que Deus continúe nos dando saúde e sabedora.