Cai ficou gravemente incapacitada por conta de uma doença rara aos 4 anos de idade
Cai Dongfeng, de 75 anos, mora em um vilarejo remoto no sudoeste da China, onde cuida de sua mãe centenária, apesar de ter uma deficiência física severa. Sua história de vida emocionante tem conquistado o coração de muitas pessoas nas redes sociais.
Nascida na aldeia Caicun da cidade de Meishan, província de Sichuan, Cai ficou gravemente incapacitada por conta de uma doença rara aos 4 anos de idade.
Ambas as mãos e pés dela tiveram que ser amputados. Com o passar do tempo, ela não teve escolha a não ser aprender a andar de joelhos, o que ela tem feito ao longo das muitas décadas desde então.
Infelizmente, o pai de Cai faleceu quando ela tinha 12 anos, então ela teve que abandonar a escola para ajudar sua mãe (hoje com 105 anos) a sobreviver e cuidar de suas duas irmãs mais novas.
No entanto, a deficiência dela não a impediu de ser admitida em diversos trabalhos e atividades ao longo dos anos. Cai trabalhou no escritório administrativo da aldeia por 20 anos e também fez trabalhos agrícolas, além de dirigir uma fábrica artesanal.
Também já foi autônoma e vendia pá de lixo e sapatos caseiros nas ruas. Para realizar essas tarefas, a idosa usava sapatos especiais que ela fez para caber nos joelhos.
Cada par de sapatos geralmente pode ser usado por três ou quatro meses, então até aqui ela já gastou mais de 200 pares de sapatos.
Cai atribui à sua deficiência o fato de nunca ter se casado (ela sempre foi solteira). Depois que suas duas irmãs se casaram, ela assumiu a função de cuidadora principal de sua mãe. Humilde, ela diz que não deseja incomodar as irmãs, pois elas também estão envelhecendo.
Nos últimos anos, mãe e filha vem recebendo diversos subsídios especiais e seguro social do governo, portanto, não têm problemas para sobreviver.
O único problema de Cai é que ela também está envelhecendo e diz que sua mãe agora perde a paciência com mais frequência do que antes.
Ao descobrir que sua história de vida virou manchete nos veículos de imprensa mundo afora, ela reagiu de maneira reservada. “Pra mim, não é um problema ser reconhecida”.
O que importa, no final das contas, é cuidar bem da mulher mais importante de sua vida. “Ela é minha mãe. Ela me deu vida e me criou. Quem pode cuidar dela senão eu?”, disse Cai.