Eduarda, de 10 anos, passou cinco anos fazendo tratamento em busca de doador compatível conseguiu transplante e está em processo de cura
Uma menina comemora o resultado de um transplante de medula óssea, feito em São Paulo, no ano passado, e a cura do câncer, depois de cinco anos de tratamento. Eduarda, que completa 10 anos nesta terça-feira (09/11), tinha um tipo agressivo de leucemia, cujo diagnóstico saiu aos 2 anos, e fez tratamento em Barretos (SP), até conseguir um doador compatível.
À época do tratamento, o médico informou à família que ela não aguentaria mais ser submetida à quimioterapia e que precisava urgentemente de um transplante. "Ele falou que não tinha mais o que fazer e que não poderia mais esperar. Voltei para casa sem chão", disse.
Uma semana depois, surgiu um doador. O processo de exames, até a realização da cirurgia durou cerca de um ano.
Durante o tratamento, ela foi a um shopping e pediu que fosse encontrado um doador em um momento em que a família só tinha a fé como aliada, como conta a mãe dela, Ritieli Santos da Silva. "A gente tem uma fé muito grande. Ela tem uma fé sem tamanho, é incrível", contou.
No passeio, ela se encontrou com o Papai Noel e fez o pedido. Poucos dias depois, surgiu um doador e ela voltou para agradecer. O doador é da Europa.
No vídeo gravado pela mãe, Eduarda se aproxima do Papai Noel e diz que quer lhe contar algo e que ele não vai acreditar. Ele diz: "Se você me contar é claro que eu vou acreditar". E ela: "Consegui um doador". Surpreso, o Papai Noel ficou sem fala e a abraça, feliz.
Agora está em processo de cura, porque o período de observação pós transplante é de 10 anos, em média. Os cabelos cresceram e ela já está levando uma vida normal, em casa, em Cuiabá. "Quero ter uma vida normal e fazer coisas que toda criança faz", disse.
A mãe da Eduarda afirmou que a descoberta da leucemia foi por causa de um caroço no pescoço, aos 2 anos. "Ela tinha ido numa festinha e, no dia seguinte, ela acordou com um caroço no pescoço, nos achamos estranho e a levamos para o hospital e lá nós ficamos, não saímos mais", contou.
Conforme o tratamento foi avançando, os cabelos foram caindo por causa das medicações.
Durante o tratamento em São Paulo, os parentes realizaram várias ações para arrecadar dinheiro e ajudar a manter mãe e filha no outro estado.
Os familiares venderam rifa, camisetas, pizzas, fizeram bingo e agora, e fizeram uma "vaquinha virtual" e recebendo doações em conta bancária para garantir a cobertura dos custos até que a cirurgia seja feita e as duas possam retornar para Mato Grosso.
Agora, Duda está em casa junto com a família, em Cuiabá.