Abby e Erin Delaney são gêmeas siamesas craniópagas, ou seja, nasceram conectadas pelo crânio
As gêmeas siamesas Abby e Erin Delaney, de 6 anos, protagonizaram uma emocionante história de superação ao se formarem no jardim de infância, contrariando as expectativas dos médicos.
Abby e Erin Delaney são gêmeas siamesas craniópagas, ou seja, nasceram conectadas pelo crânio. Elas vivem na Carolina do Norte, nos EUA, e os médicos informaram aos pais que a chance de sobrevivência das pequenas era de apenas 2%.
A família Delaney foi informada pelos médicos de que a probabilidade de ter gêmeos craniópagos era de apenas uma em 2,5 milhões.
Segundo o Hospital das Crianças da Filadélfia, essa é a forma menos comum de gêmeos siameses – representando apenas 2% dos casos. Dessas ocorrências, cerca de 70% são do sexo feminino. No caso dos gêmeos craniópagos, eles são sempre geneticamente idênticos e compartilham o mesmo sexo.
Aos 11 meses de idade, Abby e Erin passaram por uma cirurgia histórica no Hospital Infantil da Filadélfia (CHOP), nos EUA – a primeira do tipo realizada na instituição devido à raridade do caso.
As gêmeas nasceram compartilhando um crânio, pele e o seio sagital superior, um vaso sanguíneo vital que transporta sangue para longe do cérebro. A delicada operação, que durou 11 horas, foi realizada com sucesso.
A mãe das meninas, Heather Delaney, de 33 anos, compartilhou o quão desafiador foi enfrentar esse momento, especialmente com Abby, que perdeu entre 10 e 15 vezes o seu volume de sangue.
“Eles substituíram todo o sangue de seu corpo várias vezes quando os cirurgiões tiveram que cortar seu seio sagital para separá-la de Erin. Os cirurgiões realmente nos disseram que nunca haviam doado tanto sangue a um paciente de uma só vez e que o paciente havia sobrevivido”, relata Heather Delaney, a mãe das meninas.
Os riscos envolvidos na cirurgia variavam desde danos cerebrais leves até a morte. Além disso, antes da cirurgia principal, as gêmeas passaram por várias intervenções menores.
Apesar de um leve atraso no desenvolvimento, as crianças continuam a crescer saudáveis. Heather, orgulhosa das filhas, mal pôde acreditar na felicidade de vê-las concluindo a pré-escola.
“Assistir à formatura delas foi como se estivéssemos sonhando. É uma daquelas coisas que você sente que nunca vai acontecer. Ainda não sabemos o que elas podem realizar, então o céu é o limite para elas”, conta.
Erin recebeu o “prêmio golfinho” por seu espírito aventureiro e amor pela exploração, enquanto Abby foi agraciada com o “prêmio cervo” por ser uma amiga gentil e atenciosa com todos ao seu redor.
Vida longa à Abby e Erin Delaney! 💜