Nascida prematura, com apenas 29 semanas (7 meses), pesando apenas 500 gramas e sofrendo com a síndrome de abstinência neonatal – ocorrida quando um bebê que foi exposto a drogas no útero tem sintomas de abstinência, – a pequena Gisele precisou passar três longos meses na UTI neonatal respirando com a ajuda de aparelhos.
A bebê foi então transferida para o Hospital Infantil Franciscano, no estado de Massachusetts, EUA. Foram mais cinco meses internada.
Talvez o pior nisto tudo foi que Gisele não recebeu uma única visita sequer de sua mãe, pai ou familiares durante o período em que ficou internada. Ambos os pais da criança são dependentes químicos, mas tinham autorização da Justiça para visitá-la ao menos uma vez por semana, mas jamais fizeram isso.
Quem lhe fez companhia, lhe proveu carinho e cuidou dela durante todo esse tempo foram as enfermeiras da instituição.
Uma das enfermeiras, Liz Smith, aos poucos se tornou a mais grudada em Gisele. Ela relembra como conheceu a menininha. “Eu olhei para ela e na hora perguntei para a enfermeira da UTI neonatal: ‘quem é este lindo anjinho?’. E ela respondeu: ‘Esta é a Gisele’. E foi isso, foi amor à primeira vista. Senti que adotá-la era a coisa certa a se fazer”, contou Liz em entrevista ao programa de TV norte-americano Today.
Liz era uma mulher solteira e tinha ciência que cuidar da bebê e dar suporte à sua síndrome sozinha seria um grande desafio. No entanto, tomou sua decisão: queria ser mãe de Gisele.
Em 2018, ela enfim recebeu a guarda definitiva da filha. “Quando o juiz chegou, todos levantaram por respeito, como de costume. Então, o juiz permaneceu levantado e disse: ‘Hoje em fico em pé em respeito à você Liz porque você merece todo o respeito. Adotar uma criança que inicialmente estava a quilômetros de distância de você é destino. Vocês duas foram feitas para serem mãe e filha”, disse o juiz.
Hoje com três anos, Gisele ainda precisa receber uma série de cuidados especiais.
Ela já consegue se alimentar normalmente, mas precisa ingerir certos suplementos para integralizar sua dieta. Felizmente, a pequena está conseguindo, aos poucos, desenvolver a fala, andar e se socializar, para orgulho da mãe. “Minha irmã e minha sobrinha vivem a relação de mãe e filha que ela sempre sonhou. É lindo ver como as duas se completam juntas”, disse o irmão de Liz.
Fonte: Razões pra acreditar!