O tricolor baiano publicou um manifesto exigindo a investigação e punição dos culpados pelo vazamento de óleo nas praias do Nordeste: “Quem derramou esse óleo?"
“Quem derramou esse óleo? Quem será punido por tamanha irresponsabilidade? Será que esse assunto vai ficar esquecido?”, questiona o Bahia referindo-se ao vazamento de óleo nas praias do Nordeste. Buscando respostas, os jogadores do clube vestirão uma camisa com manchas de óleo na partida contra o Ceará pelo Campeonato Brasileiro nesta segunda-feira (21).
O tricolor baiano publicou em seu Twitter um manifesto exigindo a investigação e punição dos culpados pelo vazamento.
“É a forma como representamos o amor, o apego, o chamego, o sagrado, a justiça. O Bahia é a união de um povo que vibra na mesma direção, que respira o mesmo ar e que depende da mesma natureza para existir, para sobreviver”, continua o manifesto.
🆘🏖 Vazou... também na camisa do Esquadrão.
Por medidas de redução do impacto ambiental e pela punição aos responsáveis, nossas camisas estarão manchadas de óleo no jogo de amanhã - como as praias do Nordeste. #BBMP
Leia o Manifesto ➡️ https://t.co/PRi5hxH2f5 pic.twitter.com/Yr8pVnfLKB— Esporte Clube Bahia (@ECBahia) October 20, 2019
“O problema é seu. O problema é nosso.
Quem derramou esse óleo? Quem será punido por tamanha irresponsabilidade? Será que esse assunto vai ficar esquecido?
O Bahia é você, somos nós, cada ser humano.
É a forma como representamos o amor, o apego, o chamego, o sagrado, a justiça. O Bahia é a união de um povo que vibra na mesma direção, que respira o mesmo ar e que depende da mesma natureza para existir, para sobreviver.
Jogaremos nesta segunda-feira (21), contra o Ceará, em Pituaçu, com a camisa do Esquadrão manchada de óleo.
Um convite à reflexão: o que faz um ser humano atacar e destruir espaços sagrados? O lucro a qualquer custo pode ser capaz de destruir a ética e as leis que regem e viabilizam a humanidade?
A barbárie deve ser tratada como tal, não como algo natural.”
Vazamento de óleo atingiu 15 unidades de preservação
Do Maranhão à Bahia, o vazamento de óleo começou em setembro e já afeta 194 pontos, incluindo 15 unidades de preservação. Considerada inédita no Brasil pela Marinha, devido à extensão geográfica e o tempo de duração, a catástrofe ambiental atingiu cerca de 2.250 km de extensão da costa.
As causas e os responsáveis ainda não foram descobertos. No entanto, sabe-se que o material é petróleo cru: não é produzido nem processado no país.