Líbia do Valle, de Goiânia, prometeu ao neto que faria uma tatuagem, se ele fosse aprovado em Medicina: "Promessa a gente tem que cumprir"
Nem aos 20 e nem aos 90 anos, a senhora Líbia Guerreiro do Valle imaginou que um dia faria uma tatuagem. Aos 91, no entanto, após fazer uma promessa para o neto caçula, não lhe restou opção.
Nessa terça-feira (15/3), acompanhada por duas filhas, ela foi até um tatuador conhecido da família, em Goiânia, para riscar o braço e honrar com o prometido. O desenho escolhido foi o de Nossa Senhora Aparecida, da qual ela se diz devota.
O motivo da promessa foi a aprovação do neto de 19 anos em Medicina. Pedro Henrique Guerreiro de Queiroz foi aprovado numa faculdade de Ribeirão Preto (SP), depois de ficar um ano estudando em um cursinho preparatório.
“Falei para ele estudar bastante, fazer a parte dele e prometi que, se ele passasse, faria uma tatuagem. Nem com 20, nem com 90, imaginei que faria uma tatuagem. Isso foi porque eu prometi, e promessa a gente tem que cumprir”, conta ela ao Metrópoles.
A disposição de Líbia surpreendeu a família. Ela é mãe de três filhos, avó de nove netos e bisavó de quatro bisnetos. “Fiz no braço e ficou muito bonitinha. Ficou muito bom o resultado, graças a Deus”, comemora.
Ao todo, foram duas horas de sessão para fazer a tatuagem. O desenho delicado, com muitos detalhes, levou um tempo para ser feito, mas passou longe de gerar algum incômodo.
“Não senti dor nenhuma. Minhas filhas foram comigo, ficaram conversando o tempo todo, sorrindo… vejo pessoas em reportagens dizendo que sofreram muito de dor, mas cada um sente de um jeito, uns sofrem mais, outros menos. Eu não senti nada”, relata.
Agora, aprovado em Medicina, o neto terá de se mudar para outro estado para iniciar os estudos. Líbia conta que não se incomodará com isso e que vai lidar bem com a distância.
“Ah, mas aí ele vem nos feriados, nas férias, e a gente dá um jeitinho de ir lá também”, diz a avó feliz com a aprovação do neto caçula.