Trata-se de um homem de 41 anos, portador de comorbidades e imunossuprimido
O Ministério da Saúde confirmou a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. Trata-se de uma pessoa de Uberlândia, em Minas Gerais.
Segundo autoridades do Ministério da Saúde ouvidas pela Folha de São Paulo, trata-se de um homem de 41 anos, portador de comorbidades e imunossuprimido.
Até esta quinta (28), o Brasil já registrava 1.066 diagnósticos confirmados da doença, conforme o Ministério da Saúde. A pasta também anunciou a criação de um comitê de emergência para a varíola dos macacos.
A doença é disseminada principalmente ao tocar as lesões na pele que os pacientes apresentam. No surto atual, pesquisas já mostram que a propagação da doença ocorre durante atividades sexuais.
A principal forma de prevenção é o isolamento de pacientes com a monkeypox para evitar que outras pessoas tenham contato com os doentes. A vacinação em grupos prioritários e em pessoas que tiveram contato recente com os doentes também são medidas importantes para se proteger da doença.
Até o momento, o Brasil não conta com os imunizantes. O país, por meio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), espera conseguir as vacinas com a finalidade de vacinar grupos de maior risco, como profissionais da saúde que têm contato direto com o vírus.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a vacina a ser adquirida possivelmente será de vírus não replicante. A previsão é de que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil, de acordo com solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Os primeiros imunizantes devem ser destinados a profissionais de saúde e o desembarque das vacinas está previsto para ocorrer ainda em 2022. “O esquema de imunização deve ser de duas doses com intervalo de 30 dias entre elas. Já estamos em tratativas com as fabricantes para adquirir os imunizantes. O COE vai acompanhar todo o processo pandêmico em relação à monkeypox“, destacou Arnaldo Medeiros.
O último balanço, divulgado pelo Ministério da Saúde ontem, indica que o Brasil registra, até o momento, 978 casos confirmados da doença.
Causada por um vírus, os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados.
A transmissão por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, por isso, trabalhadores da saúde, membros da família, parceiros e parceiras têm maior risco de contaminação.
Com informações da FolhaPress e Agência Brasil.