De acordo com especialista, há risco de acontecer uma 2ª onda de contágio do coronavírus
Com o objetivo de aproveitar o feriadão de 12 de outubro, muitos goianos já fazem as malas para cair na estrada com destino a municípios turísticos do estado, como Caldas Novas, Aruanã e Pirenópolis, que ficou lotada no feriado de 7 de setembro. Entretanto, especialistas destacam que, apesar do clima “normal” pós-flexibilização, ainda estamos em plena pandemia e, para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, medidas de segurança devem ser tomadas para aqueles que pretendem viajar.
Para a médica infectologista Ana Izabel Costa, a diminuição de casos de contaminação pelo Sars-CoV-2 acabou levando a uma retomada das atividades comerciais e de lazer. E isso, conforme a especialista, fez com que a circulação de pessoas voltasse a aumentar.
“Como abre tudo, e as pessoas estão há muito tempo confinadas, existe uma vontade, um desejo humano de interagir, de sair, de voltar à vida normal. Mas a recomendação continua sendo a cautela”, alerta.
Ana Izabel explica que o ideal é manter o uso da máscara de proteção que, segundo ela, pode ser feita com duas camadas de tecido, e evitar tocar o rosto em locais públicos. Além disso, as aglomerações devem continuar sendo vistas como sinônimo de risco.
De acordo com a infectologista, o clima de “volta ao normal” não está relacionado com uma extinção do vírus: ele continua continua entre nós. “O que a gente tem que entender é que o vírus está circulando ainda e a gente não sabe se vamos ter uma segunda onda [de contágio] ou não”, diz.
“A gente segue numa pandemia. Houve flexibilizações baseadas no número de casos, mas a gente continua tendo pacientes internados e continua tendo óbitos. Talvez a gente esteja num momento diferente daquele lá atrás, mas o momento que está na nossa frente é um ponto de interrogação”, arremata Ana Izabel.