O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (7/12) o programa estadual de vacinação contra a Covid-19, com início em 25 de janeiro. Na primeira fase, serão imunizados pessoas acima de 60 anos, profissionais da saúde, indígenas e quilombolas.
Em coletiva de imprensa, Doria voltou a criticar o programa preliminar nacional de imunização anunciado pelo governo federal na última semana. A previsão nacional é de iniciar a vacinação em março. “Não viramos as costas para o plano nacional. Por que iniciar em março se podemos fazer isso em janeiro? Perdemos 600 vidas todos os dias no Brasil”, afirmou.
O plano do Ministério da Saúde não cita a Coronavac, vacina que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceira com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. O imunizante está na terceira fase de testes e precisa ter sua eficácia comprovada antes de ser liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A expectativa do governo paulista é entregar o relatório final de testes ainda em dezembro.
Na última quinta-feira, chegaram a São Paulo cerca de 600 litros de matéria-prima para a produção da vacina Coronavac, para que o Instituto Butantan produza até um milhão de imunizantes contra a Covid-19. No dia 19 de novembro, o estado já havia recebido 120 mil doses prontas do imunizante.
Ao todo serão 46 milhões de doses, sendo 6 milhões já prontas para aplicação e 40 milhões em forma de matéria-prima para produção, envase e rotulagem em fábrica própria do Instituto Butantan. A expectativa do governo é atingir esse volume total até 15 de janeiro.
De 25 de janeiro a 28 de março de 2021 (9 semanas)
Escala por faixa etária
2 doses por pessoa
1ª fase
Trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas – 25 de janeiro
75 anos ou mais – 8 de fevereiro
70 a 74 anos – 15 de fevereiro
65 a 69 anos – 22 de fevereiro
60 a 64 anos – 1º de março