Previsão do governador é que a reserva de 30% das vacinas para professores e pessoas com comorbidade vai proporcionar ao estado imunizar toda a classe docente com a segunda dose até o final de julho.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou que os professores estarão aptos a voltar para as salas de aulas em agosto. Em entrevista à TV Anhanguera nesta terça-feira (8), em Goiânia, ele abordou também a compra de imunizantes e ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
A previsão do governador é que a reserva de 30% das vacinas para professores e pessoas com comorbidades vai proporcionar ao estado imunizar toda a classe docente com a segunda dose até o final de julho.
"Então, vejo todas as condições de voltarmos. Talvez não 100% da classe, mas acredito que 80% dos professores estarão aptos para irem às salas de aula em agosto", destaca o governador.
De acordo com os dados da Secretaria Estadual de Educação, são 38.686 servidores atuantes na rede de ensino do estado, sendo 26.508 professores. Ao todo, o Plano Nacional de Imunização prevê 106 mil pessoas atuando na educação em Goiás.
O governo suspendeu as aulas presenciais nas redes pública e privada em março do ano passado. As escolas particulares foram autorizadas a voltar a funcionar em novembro de 2020. Na rede pública, as atividades foram retomadas de forma parcial em janeiro deste ano.
Com a ocupação de leitos de UTIs estaduais em 90% na manhã desta terça-feira, o governador disse que não tem como abrir novas vagas, principalmente, porque há dificuldade de contratar médicos intensivistas, que são especializados em terapia intensiva.
"Se nós chegamos a 1 mil leitos em Goiás, não dá para dizer que se vai ampliar para 2 mil. A enfermeira também tem que ter conhecimento da rotina de UTI, o fisioterapeuta tem que ser específico para a área. É um processo complexo. Não é simplesmente abrir leito", ponderou Caiado.
Caiado falou também sobre a intenção do estado em comprar vacinas contra a Covid-19, desde que sejam autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa). Na sexta-feira passada, a entidade autorizou, excepcionalmente, a importação de vacinas fabricadas na Índia e na Rússia, mas com restrições e muitas recomendações.
"Nós só vamos adquirir no momento que tiver autorização da Anvisa. Mas estamos dentro dos estados que estão buscando a aquisição para ampliar a vacinação. No entanto, não faremos nada sem parecer técnico-científico", explicou o governador.
Com a chegada da sexta remessa da Pfizer, Goiás atinge a marca de 196.500 doses recebidas deste fabricante. São, ao todo, 3.156.540 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 1.608.450 produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e 1.351.530 doses fabricadas pelo Instituto Butantan.
Dados preliminares levantados pela SES, até a tarde de segunda-feira (7), indicam que foram aplicadas 2.173.967 vacinas contra a Covid-19 em Goiás, sendo 1.522.813 para primeira dose e 658.090 para reforço.