Capital amazonense ficou sem oxigênio hospitalar para o tratamento de internados, nesta quinta
Goiás será um dos Estados que irá receber pacientes de Manaus (AM) com o novo coronavírus, por causa da falta de oxigênio hospitalar – motivada pela explosão de casos de Covid-19, na cidade. Ao todo, estão previstos 120 pacientes para chegar no Estado, explicou o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino.
“O Ministério da Saúde nos pediu para receber e nós demos ‘ok’. A programação é que sejam recebidos no Hospital das Clínicas, inaugurado recentemente, de forma que são leitos extras”, declarou.
“A Organização Panamericana de Saúde e o Hospital Sírio Libanez farão a validação da triagem, o Ministério da Saúde vai homologar e, aí, vai marcar voo, embarque e desembarque”, enumerou o cronograma. “Ainda não há previsão.”
Além de Goiás, também devem receber pacientes: Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Brasília e Paraíba. Alexandrino explicou que o governo do Amazonas ficará responsável pela triagem dos pacientes a serem transferidos.
Em Manaus, o estoque de oxigênio acabou nesta quinta-feira (14) e vários pacientes morreram por asfixia, segundo relatos médicos. O ocorrido motivou o governo federal a anunciar a transferência de pacientes para outros Estados.
Segundo reportagem do Estadão, cerca de 750 pessoas devem ser transferidas. Manaus passa por um crise em decorrência do grande aumento do número de casos do novo coronavírus.
Com isso, inclusive, o governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou uma medida vista em cenário de guerra: toque de recolher das 19h às 6h, com exceção somente para atividades essenciais das áreas de saúde, segurança e para a imprensa.
Boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) no domingo (10), informou que cerca de 1.450 pacientes estavam internados, sendo 973 em leitos, 450 em UTIs e 27 em salas vermelhas (assistência temporária de pacientes críticos e graves). Manaus, vale lembrar, já tinha declarado um novo estado de emergência, antes mesmo do anúncio estadual, na última terça-feira (5).