O dia 14 de Março é dedicado para alertar a população sobre os cuidados necessários para prevenir o problema; veja dicas de especialista.
Renata de Lima Gomes, professora de Anatomia Humana e Doutora em Ciências Biológicas da Faculdade Serra Dourada
O Dia Mundial do Rim é uma campanha de saúde global voltada à conscientização sobre a importância dos rins e as suas formas de prevenção. A campanha de 2019 apresenta o tema “Saúde dos Rins para Todos”, sendo comemorado nesta quinta-feira, dia 14 de março. O objetivo da campanha mundial é promover a prevenção das doenças renais, considerando que os casos que necessitam do tratamento de diálise e do transplante aumentam a cada ano.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, estima-se que haja atualmente no mundo 850 milhões de pessoas com doença renal, decorrente de várias causas. Isso significa que 1 a cada 10 pessoas no mundo têm o problema. A Doença Renal Crônica (DRC) causa pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, com uma taxa crescente de mortalidade. A Injúria Renal Aguda (IRA), um importante fator de risco para DRC, afeta mais de 13 milhões de pessoas no mundo, sendo que 85% desses casos ocorrem em países de baixa e média renda. Estima-se que cerca de 1,7 milhão morram anualmente por causa da IRA no mundo.
É importante considerar que a DRC e a IRA são condições impactantes para o aumento da morbidade e mortalidade de outras doenças, em função dos seus fatores de risco, como diabetes, hipertensão e da presença de infecções por hepatites, HIV, malária e tuberculose presente em muitos lugares do mundo. Em crianças, a DRC e a IRA também implicam em uma morbidade e mortalidade significativas
De acordo com a professora de Anatomia Humana e Doutora em Ciências Biológicas, Renata de Lima-Gomes, a doença renal crônica (DRC) se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências. “Os rins têm muitas funções, dentre elas: regular a pressão, filtrar o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras. Em geral, nos estágios iniciais, a DRC é silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas ou eles são poucos e inespecíficos. Por causa disso, pode haver demora no diagnóstico e ele só acontecer quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido, necessitando para manutenção da vida do indivíduo, tratamento por meio da diálise ou transplante renal”, explica.
Assim, são fundamentais a prevenção e o diagnóstico precoce da doença, que tem tratamento e que pode ser observada com a realização de exames de baixo custo, como o exame de urina e a dosagem de creatinina no sangue. “São exames bastante simples de serem realizados e eficazes no diagnóstico”, comenta.
Ainda segundo a especialista, algumas orientações devem ser seguidas para manter a saúde dos rins, como diminuir o consumo do sal, beber bastante água, ter uma alimentação saudável, pratica exercícios físicos com regularidade, não fumar, controlar o peso e a pressão arterial e usar medicamentos com moderação.
(Assessoria)