De acordo com a empresa britânica, o medicamento alcançou uma redução estatisticamente significativa no número de mortes e na ocorrência de casos graves em decorrência da Covid-19
A farmacêutica britânica AstraZeneca apresentou resultados animadores de um novo ensaio para um medicamento contra os sintomas da Covid-19. A potencial nova droga é desenvolvida com base na combinação de dois anticorpos contra infecções pelo Sars-CoV-2.
De acordo com a empresa britânica, o medicamento alcançou uma redução estatisticamente significativa no número de mortes e na ocorrência de casos graves em decorrência da Covid-19. Os testes foram realizados em pacientes não hospitalizados com sintomas leves e moderados.
O medicamento, que recebeu o nome provisório de AZD7442, já está na fase 3 de testes, também conhecida como ensaios clínicos. Esta é a fase final dos testes, em que são avaliadas a segurança e a eficácia de uma droga ou vacina.
Em comunicado à imprensa, o líder dos estudos, Hugh Montgomery, ressaltou que mesmo com a cobertura vacinal crescente nos países ricos, ainda existe um número contínuo de infecções graves de Covid-19 em alguns locais.
“Há uma necessidade significativa de novas terapias como o AZD7442 que podem ser usadas para proteger as populações vulneráveis”, disse o pesquisador. Além disso, Montgomery disse que é necessário termos opções para que infecções não progridam para casos graves.
O novo medicamento da AstraZeneca contra a Covid-19 é aplicado por meio de uma dose intramuscular, ou seja, uma injeção. Nos testes, foi aplicada apenas uma dose do medicamento. Segundo Montgomery, o suficiente para desempenhar um papel importante no combate à pandemia.
Na fase 3, o ensaio contou com 903 voluntários. Desses, 90% tinham algum tipo de comorbidade que poderia significar um alto risco de progressão para um caso grave e Covid-19.
A AstraZeneca se notabilizou como uma das maiores produtoras de vacinas contra a Covid-19 no mundo. No Brasil, o imunizante da empresa, que foi desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, representou mais de 42% do total de doses aplicadas no país.