Trata-se de uma combinação dos anticorpos monoclonais cilgavimabe e tixagevimabe; fármaco já tinha indicação para prevenção de casos graves
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do medicamento Evusheld, desenvolvido pela empresa farmacêutica AstraZeneca, para o tratamento da Covid-19. O fármaco já estava autorizado no país com indicação profilática, ou seja, a ser usado para evitar a doença, antes da pessoa ser infectada pelo vírus.
Agora, o tratamento passa a ser recomendado para pacientes a partir de 12 anos de idade (com peso mínimo de 40 kg), com diagnóstico confirmado de Covid-19, que não necessitam de oxigênio suplementar e tenham risco aumentado de evoluir para quadros mais graves da doença.
Idade avançada, imunossuprimidos por tratamento contra câncer ou pessoas que tenham realizado transplante recente de órgãos fazem parte do grupo. A indicação é válida inclusive para pacientes que estejam com o ciclo vacinal completo.
O medicamento é uma combinação dos anticorpos monoclonais cilgavimabe e tixagevimabe. A aplicação é por meio de injeção intramuscular, em ambulatório. Estudos mostram que o tratamento reduz entre 80% e 90% os casos de hospitalização e óbito para as variantes suscetíveis ao medicamento.
Vale ressaltar que pacientes tratados com Evusheld devem continuar a se isolar e usar as medidas para prevenir a transmissão da infecção, como uso de máscara, distanciamento social e não compartilhar itens pessoais.
A terapia já está aprovada em outros países, como Estados Unidos, França, Israel, Itália, Egito e Emirados Árabes Unidos.